Os dados consolidados da SECEX/MDIC relativos aos quatro principais itens de carne de frango exportados pelo Brasil – frango inteiro, cortes, industrializados e carne salgada – indicam que em 2018 o produto alcançou 163 países, número 15% superior aos 141 países de 2016 e 2017. No entanto, 93% do volume e da receita ficaram restritos a 30 países, menos de um quinto do mercado atingido
Entre os 10 principais importadores e comparativamente a 2017, apenas dois países passaram a integrar o rol: Coreia do Sul e México, nono e décimo lugares, respectivamente. Deram espaço a ambos o Iraque (antes nono lugar, agora 11º) e o Egito, que recuou da sétima para a vigésima posição. E que, também, foi responsável por quase metade do volume exportado a menos pelo Brasil em 2018.
Sob esse aspecto, aliás, 94% das 221,1 mil toneladas a menos que o Brasil exportou no ano que passou foram causadas por apenas dois países: o já citado Egito e a Arábia Saudita. E o retrocesso egípcio (104,4 mil/t a menos) foi maior que o saudita (103,5 mil/t).
Considerado o total de países atendidos (163), conclui-se que a média por importador foi de, aproximadamente, 25 mil toneladas. Mas essa média muda de forma significativa ao se avaliar os 30 principais compradores (cerca de 124,4 mil toneladas por país) e os restantes 133 (média pouco superior a 2 mil toneladas por país).
Detalhe que quase passa despercebido no levantamento da SECEX/MDIC é que, na penúltima posição, como segundo menor importador da carne de frango brasileira em 2018 e volume de apenas 130 kg (isso mesmo, cento e trinta quilogramas) está relacionado um país chamado… Brasil. Alguém explica?