O frango abatido resfriado comercializado no Grande Atacado da cidade de São Paulo encerrou o segundo decêndio de abril alcançando o maior valor de todos os tempos. Foi negociado na última terça-feira, 20, por valores em torno R$6,20/kg, cerca de 5% a mais que o recorde de R$5,90/kg registrado na primeira quinzena de novembro de 2020.
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Porém, considerada a média mensal até aqui obtida, o novo recorde é apenas nominal. Porque o valor médio de abril corrente – R$5,59/kg – ainda é, em termos reais, inferior não só ao pico mais recente, mas também aos R$3,84/kg de dezembro de 2012 e que – deflacionados pelo IPCA do IBGE – correspondem hoje a valor superior a R$6,10/kg.
Mas o que ocorre perguntar neste instante é se as duas principais matérias-primas do frango evoluíram na mesma proporção nos pouco mais de 100 meses transcorridos entre dezembro de 2012 e abril de 2021, ainda que os resultados sejam preliminares?
As respostas: se passou de R$3,84/kg para R$5,59/kg, o frango abatido valorizou-se 45,6%. O farelo de soja, por sua vez, passou de R$1.133,00 para R$2.509,17 a tonelada – aumento de 121,5%. Já o milho, negociado por R$35,68/saca em dezembro de 2012, alcança neste mês valor médio de R$101,17/saca – aumento, portanto, de 183,5%.
Em síntese, com o mesmo volume de frangos abatidos de dezembro de 2012 o setor produtivo adquire, neste momento, dois terços do volume anterior de farelo de soja e, praticamente, a metade do volume de milho.
Por Avisite
AGRONEWS – Informação para quem produz