Os municípios de Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína foram certificados em evento da OIE nesta quinta-feira.
A Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) reconheceu nesta quinta-feira (27), na 88° Assembleia Geral, o município de Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína, na região Noroeste de Mato Grosso, como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
O governador Mauro Mendes ressaltou que a certificação é um passo histórico para o Estado que tem o maior rebanho bovino do Brasil. “A mudança de status sanitário para livre de febre aftosa sem vacinação é um grande impulsionador econômico para o Estado, pois a carne mato-grossense alcançará mercados internacionais com melhores remunerações. Teremos a certificação que comprova que a carne daqui é produzida com sanidade e sustentabilidade”, avaliou.
“Neste momento, temos um rebanho de 400 mil cabeças que estão no status ‘sem vacinação’, de um total de 31 milhões de cabeças de gado, o maior do País. Trabalhamos para que no próximo ano, de acordo com o cronograma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, todo o estado atinja o status de livre de febre aftosa sem vacinação”, disse César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso.
Em live após a reunião da OIE, a ministra Tereza Cristina disse que esta é uma importante conquista para a pecuária do Brasil. “Neste momento temos 20% do rebanho bovino brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação. Isto é resultado da total sintonia entre os governos Federal e estaduais. Esta certificação confirma o elevado padrão sanitário da pecuária do País”, enfatizou.
A presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea MT), Emanuelle de Almeida, lembrou que o órgão vem desde a década de 70 desempenhando a missão de fazer certificações, vistorias nas propriedades, cadastramento e educação sanitária junto aos produtores rurais. “Isso é resultado da confiança estabelecida entre o Instituto e os pecuaristas na ponta. O reconhecimento da região Noroeste como zona livre sem vacinação é fruto de um trabalho que começou em 2017, com o trabalho técnico do Indea em parceria com as demais entidades do agronegócio”, afirmou.
Para Antônio Carlos Carvalho de Sousa, presidente do Fundo Emergencial de Saúde Animal (Fesa), a certificação da OIE é gratificante. “Vamos certificar que o nosso trabalho está sendo bem feito, garantindo qualidade sanitária do rebanho e, com isso, a sanidade econômica do nosso estado e País”.
O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
Assista abaixo o vídeo sobre a trajetória de Mato Grosso até se tornar um Estado livre de febre aftosa.
Resultado da excelência do trabalho dos servidores da Defesa Agropecuária de Mato Grosso
Um dos maiores patrimônios econômicos de Mato Grosso é o seu rebanho bovino, considerado o maior do Brasil, com mais de 31 milhões de animais. Um orgulho para os servidores que laboram no Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT) e também para quem os representa, o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (SINTAP/MT).
Contudo, para ser zona livre de aftosa sem vacinação, o Indea mato-grossense tem que ter as condições necessárias para garantir a segurança do rebanho bovídeo e por esta razão esta passando por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), através do Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários Oficiais das instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Quali-SV), que tem como objetivos promover melhorias e garantir padrões de qualidade satisfatórios dos procedimentos e controles da defesa sanitária animal, baseado no monitoramento contínuo de indicadores.
Os trabalhos dos auditores na autarquia iniciaram no dia 17 de maio e têm 10 dias de duração. A nota desta auditoria, especificamente, é determinante para o processo de Mato Grosso se tornar uma zona livre de aftosa sem vacinação.
Durante os dias de trabalho no Indea/MT, os auditores do Mapa avaliarão todas as atividades realizadas pelo Instituto NA ÁREA ANIMAL, os documentos emitidos, as certificações, as estruturas físicas, capacidade técnica e operacional como um todo.
Para a presidente do Sintap/MT, o resultado final da auditoria irá comprovar todo o comprometimento do servidor da pasta com o trabalho realizado em Mato Grosso. “Mesmo com toda a falta de reconhecimento por parte do governo do Estado e dos gestores aos servidores, este não deixa de realizar seu trabalho de forma ética e eficaz. Cumpre seu compromisso com este Estado e tem sempre a intenção de melhorar o resultado do seu trabalho, e do serviço como um todo”, afirmou Rosimeire Ritter.
Além da central do Indea/MT em Cuiabá, a auditoria irá avaliar as unidades do Instituto em Cáceres, Pontes e Lacerda, Nova Mutum, Guarantã do Norte, Campo Verde e Rondolândia e dois Postos Fiscais de Colniza e Vila Rica. A partir desta ação, será confeccionado um relatório, com as notas representativas do Estado como um todo e a partir de então o INDEA deverá apresentar um plano de ação para atendimento às recomendações do relatório de auditoria.
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