Boletim da Soja divulgado pelo IMEA nesta semana (04), mostra que a relação de troca (RT) entre alguns fertilizantes e o preço paridade para mar/22 continua favorável ao produtor do estado. Até o momento, mais de 85% dos fertilizantes e cerca de 27% da produção de soja esperada para a safra 21/22 já foram negociados.
Dentre o percentual comercializado do insumo, estima-se que 50% foram negociados por meio de contratos de barter, o que sinaliza que os produtores estão aproveitando a boa relação de troca para travar seus custos da safra futura cada vez mais cedo. Para se ter uma ideia, em maio/21 a relação de troca entre o Super Simples e o preço paridade mar/22 foi de 14,4 sc/t, já a RT do KCL ficou em 18,1 sc/t, queda de 15,6% e 25,7%, respectivamente, ante ao mesmo período de 2020. Assim, apesar da estimativa de alta com os custos de fertilizantes na safra 21/22 (+14,8% na média de MT, ante a 20/21), a relação de troca tem sido favorecida pelo aumento dos preços da soja.
A diferença de base entre o preço da soja em MT e na bolsa de Chicago é calculada pela relação entre o preço disponível em MT, a cotação na CME-Group e o dólar corrente. Nesse sentido, a diferença de base ou “basis” encontra-se favorável para os produtores de MT, no qual, a média de preços no mercado doméstico, da primeira semana de junho, foi R$ 17,43/sc menor que as cotações nos EUA. Dentre os motivos que justificam essa diferença nos preços, cita-se a redução de 4,85% do dólar corrente em mai/21, frente à abr/21. Somado a isso, os prêmios no porto de Santos-SP estão com desconto de US$ 2,5/bu, o que fortalece ainda mais a competitividade do grão mato-grossense frente aos mercados internacionais.
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Por fim, a oferta em abundância da soja no Brasil também contribui para este cenário, isto que os estoques da safra corrente norte-americana estão nos menores níveis dos últimos anos e a safra futura enfrenta problemas climáticos.
Fonte: IMEA
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