Os resultados estão restritos a janeiro passado. Portanto, muita coisa deve mudar nos restantes 11 meses de 2020. De toda forma, o ano está sendo aberto com profundas alterações no posicionamento dos 10 principais produtos exportados pelo País. E algumas dessas alterações tendem a se manter e/ou intensificar. Caso das carnes, por exemplo
O produto que mais ressalta no atual rol dos “10 mais” é a carne bovina. Décimo lugar em janeiro de 2019, ela agora surge na terceira posição, com uma receita cambial 50% maior que a de um ano atrás.
A carne de frango vem duas posições depois, no sexto lugar, com aumento de receita de, praticamente, 20%. Há um ano foi o oitavo produto da pauta cambial, encerrando o exercício na sétima posição.
A carne suína ainda não encontra espaço entre os dez primeiros. Mas sua receita, neste ano, se encontra mais de 80% acima da registrada em janeiro de 2019. Como esse índice de expansão deve continuar elevado, logo estará integrando o grupo principal.
Notar, de toda forma, que a ocupação de alguns novos postos ocorre às custas da queda de exportação de outros produtos. A soja em grão, por exemplo – quarto lugar em janeiro de 2019 e principal produto exportado pelo Brasil no ano passado – inicia 2020 com uma receita cambial um terço menor que a de um ano atrás.
Outra queda que chama a atenção é a do milho. Em janeiro de 2019 abriu o rol dos principais exportadores na quinta posição. Agora, inicia novo exercício registrando redução de mais de 40% na receita cambial. Ambos tendem a se recuperar no decorrer do ano.
Naturalmente, quedas do gênero pesam negativamente nos resultados da balança comercial do País. No entanto, podem ser minimizadas pelas carnes, com muito maior valor agregado que os grãos. Abrindo 2020, as três carnes geraram receita quase 40% superior à de um ano atrás.
Fonte: Avisite