Contratação de fiscais e assistentes é o último passo no processo do reconhecimento internacional do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação
O governo do Paraná publicou nesta sexta-feira (7/02) o edital do concurso público por meio do qual irá contratar 30 fiscais de defesa agropecuária e 50 assistentes de defesa agropecuária para o quadro da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A contratação desses profissionais é considerada mais um passo no processo do reconhecimento internacional do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação.
Conforme o edital, os candidatos a fiscal de defesa agropecuária deverão comprovar formação em medicina veterinária (nível superior) e para os candidatos a assistente de defesa agropecuária o pré-requisito é ser formado em técnico agrícola ou técnico agropecuário (nível médio).
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As inscrições poderão ser feitas entre 2 de março a 2 de abril, exclusivamente pelo site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), responsável pelo concurso. A prova será aplicada em 10 de maio, nas cidades de Curitiba, Londrina e Cascavel.
A contratação desses profissionais era uma das duas últimas exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que o Paraná pleiteasse o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. Outra linha de ação foi a construção de três postos de fiscalização agropecuária, que reforçam a fronteira sanitária do Estado, por meio do controle de entradas e saídas de animais e produtos.
Todo esse processo contou com forte atuação do Sistema FAEP/SENAR-PR, do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec-PR) e das cooperativas representadas pelo Sistema Ocepar, que aportaram recursos em ações de defesa sanitária, inclusive para o custeio das obras de construção dos postos de fiscalização.
Sobre o concurso
Ambos os cargos têm carga-horária prevista de 40 horas semanais. O salário para os servidores de nível superior será de R$ 6.679,93 e, para os de nível médio, a remuneração prevista é de R$ 2.671,97.
Para o cargo de fiscal de defesa agropecuária, são 25 vagas destinadas à ampla concorrência, duas para pessoas com deficiência e três para afrodescendentes. Para os assistentes de defesa agropecuária, são 42 vagas para ampla concorrência, três para deficientes e cinco para afrodescendentes.O edital está disponível aqui.
Participação na consolidação do sistema sanitário
O Sistema FAEP/SENAR-PR teve um papel decisivo na construção do sistema sanitário do Paraná nas últimas décadas. Desde os anos 1970, a entidade atua de forma efetiva nas ações que levaram o Estado a chegar ao reconhecimento internacional.
Tudo começou lá atrás, na luta junto ao poder público, para melhoria na infraestrutura de estradas e energia elétrica. Isso possibilitou fazer vacinas e medicamentos chegarem mais rápido aos locais de produção e, depois, poderem ser mantidos refrigerados.
Já nos anos 1990, a FAEP e o SENAR-PR fomentaram a criação do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Paraná (Fundepec), que até hoje se mantém como um dos pilares mais sólidos para garantir a indenização de produtores no caso de animais precisarem ser sacrificados em ações de controle sanitário. Ainda na década de 1990, houve apoio à criação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária, um exemplo de união de produtores e poder público.
Nos anos 2000, o Sistema FAEP/SENAR-PR auxiliou produtores e Estado a cumprirem todos os trâmites para o Paraná obter então o status de Área Livre de Febre Aftosa Com Vacinação. Desde então, auxiliou em ações de sanidade que exigiram seriedade e mobilização, como no controle do caso de febre aftosa por vínculo epidemiológico no Paraná.
De 2018 em diante, começou um trabalho direto para avançar rumo ao reconhecimento do Paraná pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Um exemplo que demonstra o quanto o Paraná avançou nessa caminhada foi uma avaliação do Ministério da Agricultura que mostrou que o sistema sanitário estadual é o mais robusto do Brasil, melhor inclusive do que o de Santa Catarina, que já possui o reconhecimento de área livre de aftosa sem vacinação.
Em 2019, forneceu suporte para que fosse possível promover a última campanha de vacinação no Estado. Também foi importante na viabilização da construção de postos de fiscalização que faltavam para fechar o território estadual contra a doença.
AGRONEWS BRASIL – INFORMAÇÃO PARA QUEM PRODUZ
Por Sistema FAEP/SENAR-PR