A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou no dia 10 de março o quinto relatório de acompanhamento da safra brasileira de grãos 2019/2020
No caso do milho, os destaques são:
- Houve revisões para baixo nas áreas de primeira e segunda safras, de 0,3% e 0,6%, respectivamente, em relação as estimativas do relatório anterior, de fevereiro. De qualquer forma, as áreas deverão ser 3,2% e 2,1% maiores que na safra passada (2018/2019), nesta ordem.
- Houve revisão para baixo na produtividade média da safra de verão (primeira safra) de 1,6% em relação as estimativas anteriores e incremento no rendimento na safra de inverno (segunda safra).
Tanto na primeira como na segunda safras as produtividades médias deverão ser menores que no ciclo passado. As quedas previstas são de 3,4% e 1,8%, respectivamente.
- A produção de milho na primeira safra está estimada em 25,56 milhões de toneladas. Este volume é 0,3% menor que a estimativa anterior e 1,9% menor que o colhido em 2018/2019. Para a segunda safra são esperadas 73,37 milhões de toneladas, aumento 0,1% em relação ao relatório anterior e queda de 0,3% na comparação com a safra passada (2018/2019).
- No total (1a., 2a. e 3a. safras) o país deverá colher 100,08 milhões de toneladas do cereal, frente as 100,04 milhões de toneladas colhidas anteriormente. Se confirmado, o volume total produzido neste ciclo será recorde. Entretanto, em relação as estimativas de fevereiro para 2019/2020, a produção deverá ser 0,4% menor.
- A demanda interna foi mantida em 70,45 milhões de toneladas de milho em 2019/2020. No ciclo passado foram consumidas 65,24 milhões de toneladas.
- As exportações brasileiras foram estimadas em 34 milhões de toneladas em 2019/2020, mesmo volume estimado em fevereiro, mas abaixo das 41,17 milhões embarcadas na temporada passada (recorde).
- Com a revisão para baixo na produção em relação ao relatório anterior e manutenção da demanda (interna e exportação), os estoques finais em 2019/2020 foram revisados para baixo no relatório de março.
Estão previstas 8,03 milhões de toneladas estocadas ao final deste ciclo, frente as 8,44 milhões de toneladas estimadas anteriormente. É o menor volume em estoque nos últimos anos. Para uma comparação em 2018/2019 foram 11,40 milhões de toneladas e em 2017/2018, 16,18 milhões de toneladas em estoques finais.
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A oferta mais “apertada” em 2019/2020, junto com o câmbio valorizado e a demanda aquecida são os principais fatores de sustentação das cotações no mercado brasileiro neste primeiro trimestre de 2020.
As incertezas ficam por conta dos reflexos do coronavírus e da queda no preço do petróleo sobre a economia mundial e, consequentemente, a demanda por commodities.
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Fonte: Scot Consultoria