Extremamente dependentes do transporte aéreo, as exportações brasileiras de ovos férteis destinadas à produção de pintos de corte retrocederam a quase “zero” em abril passado
Correspondendo ao pior resultado dos últimos 10 anos, o volume exportado no mês – 5,153 milhões de unidades, equivalentes a pouco mais de 14 mil caixas de 30 dúzias – retrocedeu quase 70% em relação a abril de 2019.
Neste caso, o índice de queda só não foi maior porque um ano atrás, no mês de abril, o volume exportado havia recuado mais de 33% sobre o mesmo mês de 2018. Assim, comparativamente ao que se exportou dois anos atrás, o volume mais recente registra queda de, praticamente, 80%.
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Mas se os embarques do mês não zeraram, o mesmo não pode ser dito de alguns países importadores do produto. Pois, com o fechamento de aeroportos e/ou suspensão das viagens aéreas, chegar a vários destinos tornou-se inviável. Salvaram-se parcialmente os poucos embarques realizados no mês de abril e as exportações realizadas por terra, exclusivamente para países vizinhos.
Há menos de um mês, ao analisar a evolução das exportações de ovos férteis do primeiro trimestre do ano, o AviSite observou que elas vinham se recuperando do tombo levado no bimestre agosto-setembro de 2019 quando, para atender o mercado interno, os exportadores reduziram significativamente as vendas ao mercado externo. Agora, há nova reversão do processo – por razões logísticas, não por culpa do mercado, que continua demandando o produto.
Sob esse aspecto, os embarques de maio corrente tendem a ser ainda menores que os de abril. Dessa forma, o acumulado no ano deve apresentar índices de retrocesso bem maiores que os registrados no primeiro quadrimestre de 2020, de pouco mais de 34%. Também recua o acumulado em 12 meses que, por ora, apresenta redução não muito distante dos 30%.
Por Avisite
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
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