Ar seco predomina sobre o país.
Confira o Boletim CLIMATEMPO 17 de julho e veja a previsão do tempo em todas as regiões do país nesta sexta-feira.
Rio Grande do Sul e Santa Catarina voltam a ficar em alerta nesta quinta-feira,16 de julho, para o risco de chuva forte, depois de sentirem o frio intenso de ontem, com temperaturas abaixo de zero. O que causa preocupação é a formação de novas áreas de instabilidade sobre o Sul do Brasil, que traz a chuva de volta e que pode ser forte especialmente sobre o Rio Grande do Sul. O maior potencial para chuva forte e grandes acumulados é justamente sobre o centro-norte do Rio Grande do Sul, que já recebeu grandes acumulados de chuva desde o começo de julho.
Risco de novas inundações
A defesa civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta na tarde de ontem, 15, para 17 cidades gaúchas, por causa da possibilidade de inundações nas bacias dos rios Gravataí, Sinos, Caí e bacia do Taquari.
O aviso é válido para cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, Porto Alegre, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, São Sebastião do Caí, Montenegro, Lajeado, Santa Tereza, Roca Sales, Estrela, Muçum e Encantado.
O alerta é justamente por causa das áreas de chuva forte que estão previstas para se formar sobre o Sul do Brasil no decorrer desta quinta-feira.
Grande Porto Alegre também terá mais chuva
A Grande Porto Alegre é uma das regiões que pode ter novamente problemas com a chuva no decorrer desta quinta-feira.. Pela medição do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia – na primeira quinzena julho choveu aproximadamente 170 mm sobre Porto Alegre (medição automática), o que representa 20% de chuva acima da média, que é de 141 mm.
Confira alguns acumulados elevados no Rio Grande do Sul durante a primeira quinzena de julho de 2020 registrados pelo INMET (valores aproximados)
- Serafina Correa: 350 mm
- Vacaria: 340 mm
- Canela: 290 mm
- Lagoa Vermelha: 260 mm
- Bento Gonçalves: 250 mm
- Teutônia: 200 mm
CLIMATEMPO 17 de julho, sexta-feira
As novas áreas de instabilidade devem se afastar rapidamente da Região Sul. A previsão é que as nuvens carregadas se desloquem para o mar já na sexta-feira, 17 de julho, e a chuva pare sobre o Rio Grande do Sul.
Em Santa Catarina, ainda deve chover na madrugada e manhã no leste do estado na sexta-feira, mas a chuva deve parar durante a tarde.
O fim de semana será com predomínio de sol em toda a Região Sul.
Por outro lado, conheça algumas particularidades da influência do homem no aumento do calor no Ártico.
Para medir o efeito das mudanças climáticas sobre as temperaturas observadas na Sibéria, os cientistas fizeram simulações computacionais e compararam o clima atual, com cerca de 1°C de aquecimento global, com o clima que existiria sem a influência humana. A análise mostrou que o calor prolongado que a região experimentou este ano aconteceria menos de uma vez a cada 80 mil anos se não houvesse interferência antrópica.
Os cientistas observaram que, mesmo no clima atual, o calor prolongado ainda era improvável: condições extremas podem ocorrer menos de uma vez a cada 130 anos. Mas sem cortes rápidos nas emissões de gases de efeito estufa, esses eventos correm o risco de se tornar frequentes até o final do século.
“Este estudo mostra que não só a magnitude da temperatura foi extremamente rara, mas também os padrões climáticos que a causaram”, afirma a professora Olga Zolina, Instituto P.P.Shirshov de Oceanologia, em Moscou. “Continuamos a estudar como os incêndios florestais que queimaram milhares de hectares também podem afetar o clima, à medida que as chamas bombeiam fumaça e cinzas na atmosfera”, conclui a pesquisadora, que integra o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Consequências do aumento da temperatura
O calor na Sibéria provocou incêndios generalizados, com 1,15 milhão de hectares queimados no final de junho e uma liberação de cerca de 56 milhões de toneladas de dióxido de carbono — mais do que as emissões anuais de alguns países industrializados, como Suíça e Noruega.
Esse cenário também acelerou o derretimento do pergelissolo (ou permafrost, como é chamado em inglês), que é o tipo de solo característico da região do Ártico. Um tanque de óleo construído sobre o pergelissolo entrou em colapso em maio, levando a um dos piores derramamentos de óleo da região.
Os gases liberados pelos incêndios, o derretimento desse solo congelado e a diminuição da refletividade do planeta devido à perda de neve e gelo vão aquecer ainda mais o planeta. O calor também foi associado a um surto de mariposas de seda, cujas larvas comem pinheiros.
Sonia Seneviratne, professora do Departamento de Ciência de Sistemas Ambientais da ETH (Swiss Federal Institute of Technology) de Zurich, na Suíça, destaca que esses resultados mostram que o planeta já está vivendo eventos extremos que quase não teriam chance de acontecer sem a pegada humana no sistema climático. “Temos pouco tempo para estabilizar o aquecimento global em níveis em que as mudanças climáticas permaneceriam dentro dos limites do Acordo de Paris. Para uma estabilização a 1,5°C do aquecimento global, o que ainda implicaria mais riscos de eventos extremos de calor, precisamos reduzir nossas emissões de CO2 em pelo menos metade até 2030”, afirma a pesquisadora, que também integra o IPCC.
Fonte: CLIMATEMPO
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz