A carne suína é a proteína mais consumida no mundo, representando 35,6% do consumo global, mas, nos últimos anos, a peste suína africana (PSA) tornou-se uma grande ameaça ao setor, causando enormes perdas nos rebanhos e gerando drásticas consequências econômicas, de acordo com uma declaração conjunta da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Siga-nos: Facebook | Instagram | Youtube
Para apoiar os esforços dos países para proteger as economias e a segurança alimentar, as agências internacionais lançaram nesta segunda-feira (20/07) a Iniciativa para o Controle Global do PSA e pediram aos países e parceiros que unissem forças contra a doença.
Sem a existência de uma vacina eficaz, a PSA afeta hoje vários países da África, Ásia e Pacífico e Europa. Segundo declarações da OIE-FAO, o vírus não está apenas impedindo a saúde e o bem-estar dos animais, mas tem impactos negativos sobre os meios de subsistência dos agricultores.
13 fatos interessantes sobre hábitos bovinos que você precisa saber
“Atualmente, 51 países são afetados pela peste suína africana. Em meio à difícil situação apresentada pelo Covid-19, a PSA continua a se espalhar, intensificando as atuais crises socioeconômicas e de saúde”, disse o Dr. Matthew Stone, vice-diretor geral da OIE para padrões e ciências internacionais.
Muitos países afetados pelo PSA carecem de recursos humanos, financeiros ou técnicos suficientes para detectar e conter rapidamente doenças animais, disseram a OIE-FAO.
Santa Catarina tem recorde nas exportações
“Neste mundo globalizado, onde as doenças podem se espalhar rapidamente através das fronteiras, são necessários o compartilhamento oportuno das informações científicas mais recentes, a colaboração internacional e a notificação da PSA para evitar a disseminação transfronteiriça e minimizar o impacto”, disse a vice-diretora geral da FAO, Maria Helena Semedo.
Com base na experiência da colaboração de longa data entre o OIE e a FAO para o gerenciamento de riscos relacionados à saúde animal, a Estrutura Global conjunta para o controle progressivo de doenças animais transfronteiriças (GF-TADs) desenvolveu a nova iniciativa global com o objetivo de promover parcerias nacionais, regionais e globais, para fortalecer as medidas de controle e minimizar o impacto dessa doença complexa e desafiadora.
A iniciativa global baseia-se nos esforços regionais anteriores e segue as recomendações de especialistas em PSA de todo o mundo, disseram a OIE-FAO. O objetivo é fortalecer a capacidade dos serviços veterinários nacionais de gerenciar riscos por meio do desenvolvimento e implementação de programas nacionais de controle da PSA, com os setores público e privado trabalhando em parceria. A comunicação de risco com as partes interessadas relevantes será um elemento crucial para abordar efetivamente caminhos de risco e práticas de alto risco.
Em escala global, a disseminação sustentada da PSArepresenta uma ameaça à segurança alimentar, ao desenvolvimento econômico e rural, disseram a OIE e a FAO, explicando que a doença representa uma barreira para o setor agrícola atingir seu pleno potencial, gerando emprego e aliviando a pobreza.
Fonte: Acrismat
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz