Estudo do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projeta que as importações das três carnes pela China experimentarão aumento contínuo até, pelo menos, 2029
A expansão maior, naturalmente, recai sobre a carne suína. O USDA estima que ao final da corrente década as importações do produto estarão muito próximas dos 5 milhões de toneladas, o que mantém o mercado chinês como o maior importador mundial do produto, ocupando – por larga diferença – posição que tradicionalmente pertenceu ao Japão.
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Se atingido, o volume apontado corresponderá a, praticamente, o dobro do que foi importado pela China em 2019 – perto de 2,5 milhões de toneladas, de acordo com o próprio USDA e que, por sua vez, correspondem a dois terços a mais que o registrado em 2017 (1,5 milhão de toneladas).
As importações de carne bovina, por seu turno, também tendem a um crescimento expressivo, devendo aproximar-se dos 4 milhões de toneladas em 2029. Neste caso, embora o volume importado seja menor que o de carne suína, o índice de expansão será igualmente expressivo: em torno de 80% a mais que o importado em 2019 (cerca de 2,2 milhões/t). Ou quase 350% a mais que o volume de 2017 (pouco mais de 900 mil/t).
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Por fim, as importações chinesas de carne de frango devem ter crescimento mais moderado, mas não menos significativo. A projeção é a de que ultrapassem o milhão de toneladas no final desta década, seu volume correspondendo a pouco mais de 25% do total de carne suína importada.
Contrapondo-se as projeções para 2029 ao que a China importava nos primeiros anos desta década observa-se que elas redundarão em um incremento de volume radical, da ordem de 600% em cerca de duas décadas. Claro, a maior evolução é a da carne suína, com mais de 1000% de incremento. Mas as carne bovina e de frango também obterão expansão significativa – de 400% e 350%, respectivamente.
Confirmadas essas projeções, as importações totais da China passarão de perto de 1,5 milhão de toneladas para quase 10 milhões de toneladas. Um aumento decorrente não apenas dos desdobramentos da peste suína africana (PSA), mas também da maior capacidade econômica dos consumidores chineses.
A propósito ainda da PSA, o USDA observa que o governo chinês tem adotado medidas agressivas para recuperar a produção de suínos, mas a retomada do volume esbarra em questões biológicas (atrasos na reprodução), na continuidade de casos da doença e na escassez de terra, capital e expertise. Isto, sem contar os custos de produção, crescentes em todo o mundo.
Por Avisite
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz