O mês mais curto – 19 dias úteis, contra 22 dias úteis do mês anterior – afetou as exportações brasileiras de carnes
Em junho de 2019 caíram os embarques de carne suína e bovina (redução de 5,23% e 9,54%, respectivamente, em relação ao mês de maio/19), enquanto os de carne de frango registraram aumento apenas marginal (+1,80%). O que não impediu a negatividade (-1,60%) nas exportações acumuladas das três carnes.
Porém, não é o mês mais curto que justifica a queda de preço das carnes bovina e de frango. O preço da primeira recuou quase meio por cento em relação ao mês anterior, enquanto o da carne de frango teve redução de 4,20%. Ou seja: apenas a carne suína registrou valorização de um mês para outro – mesmo assim, em nível pouco expressivo (+1,84%) se consideradas as condições do mercado internacional do produto.
Sob tais condições, considera-se natural o retrocesso observado na receita cambial (5,5% a menos que em maio passado, somadas as três carnes). Sob esse aspecto, a menor perda (-2,5%, aproximadamente) recaiu sobre a carne de frango. A da suína ficou em, quase, 3,5%. E a da carne bovina aproximou-se dos 10%.
Já foi comentado anteriormente, mas não custa repetir que as comparações com o mesmo mês do ano passado têm pouca expressão, pois os dados de junho de 2018 foram afetados por mudanças na sistemática oficial de acompanhamento das exportações. Assim, aparentemente, o único fator merecedor de avaliação é o preço médio, que aumentou 9% para a carne de frango e 18% para a carne suína. Já a carne bovina continua registrando queda de preço (mais de 7%) em relação ao mesmo mês do ano passado.
Fonte: Avisite