Hoje por acaso, vi um programa de de tv que falava do ensino na Coréia. E uma frase de um estudante universitário soou como um sino para mim:
- a Coréia, não possui nenhum recurso natural portanto ela investe pesadamente em tecnologia
Compreendi que ali estava um país modelo da cultura da indigência. Se ele não for obsessivamente competitivo para que possa desenvolver e vender tecnologia, será um país miserável com a sua população morrendo a míngua, de fome e frio.
Seu povo é robótico e competitivo, com os estudantes viciados em escolas nas quais passam o dia todo até às 11 da noite. Um portal para o suicídio pelo medo da derrota ou pelo receio de ser derrotado no futuro.
O Brasil é o oposto. Rico em recursos naturais, com um clima abençoado no qual se pode produzir até no inverno enquanto que, o Coreano além de não poder produzir nada, ainda pode morrer congelado.
O Brasil sempre terá a cultura da riqueza, na qual em um pedacinho de terra a pessoa pode perfeitamente sobreviver o ano todo.
Nunca seremos competitivos em tecnologia. Poderemos alimentar o mundo e já somos os maiores produtores de carne e seremos no leite também. Jamais os brasileiros terão a obsessão dos Coreanos pela educação. Nunca nos tornaremos escravos da competição. Somos únicos no globo. Podemos fechar as fronteiras e sobreviver e pouquíssimos países no mundo podem se dar ao mesmo luxo.
Compreendi que nosso ensino deverá ter um enfoque oposto ao da Coréia. Voltado basicamente a erradicação do analfabetismo e focado no ensino público básico e técnico. As universidades devem ser terceirizadas e toda a verba estatal aplicada no ensino superior ser investida em escolas de excelências públicas até o ensino técnico.
Não há país melhor, mas nunca seremos competitivos em tecnologias fora do eixo alimentar, in natura ou processado, minerais brutos ou processados. Somos tão ricos que nos damos ao luxo de sustentar os piores políticos do mundo. E isso é fruto desta cultura da riqueza natural, da opulência.
Por: Rogério Rufino – Fazenda Veredas