Comparativamente à semana inicial do mês, as exportações de carnes da segunda semana de julho sofreram forte retrocesso, visto que a receita cambial obtida pelo setor recuou 17% de uma semana para outra (pela média diária, US$67,418 milhões na primeira semana e apenas US$55.893 milhões na semana seguinte)
Nada impede, entretanto, que essa cifra tenha sido maior. Porque, aparentemente, a SECEX/ME deixou de computar os dados de um dia da última semana (os da sexta-feira, 12?), visto que nos resultados das exportações acumuladas em julho especifica, até a segunda semana do mês, “9 dias úteis”.
Independente disso, porém, os volumes diários especificados sinalizam bons resultados nos embarques do mês. Ou, especificando:
- Carne suína: 67.413 toneladas, 21,12% e 18,15% a mais que em junho passado e em julho de 2018 (respectivamente, 55,7 e 57,1 mil/t);
- Carne bovina: 125.275 toneladas, volume 12,34% superior às 111,5 mil toneladas de junho último, mas 4,29% inferior às 130,9 mil toneladas de um ano atrás;
- Carne de frango: 372.161 toneladas, 4,03% a mais que as 357,7 mil toneladas de junho passado. Porém, queda de 15,14% em relação ao que foi exportado em julho de 2018 – 438,6 mil toneladas de carne de frango in natura.
Notar, neste último caso, que a queda prevista leva em conta os resultados oficiais. Na prática, porém, é sabido que os números de julho do ano passado foram inflados por embarques não computados no mês anterior. Tanto que o volume apontado para o mês – perto de 440 mil toneladas só de produto in natura – representou um recorde difícil de ser atingido em momento extremamente desafiante para as exportações de carne de frango. Ou seja: a redução ora prevista, se permanecer, será apenas aparente. Porque o panorama atual é bem melhor que o de um ano atrás.
Fonte: Avisite