Ao contrário do que é normalmente observado, o melhor desempenho das carnes neste mês foi registrado na semana que passou, a terceira de julho
Em geral, esse desempenho é elevado no início do período e decresce à medida que o mês avança.
Em outras palavras, a receita cambial gerada pelos embarques realizados nos cinco dias úteis do período entre 14 e 20 de julho aumentou em torno de 14% e de 37% em relação à primeira e à segunda semanas do mês, respectivamente, ambas também com cinco dias.
É verdade que, na média do mês (primeiros 15 dias úteis de julho), a receita atual continua negativa, apresentando queda de 1,7% e de 2% em relação a junho passado e a julho de 2018. Mas, para contrabalançar esse desempenho, julho corrente tem um dia útil a mais que o mesmo mês do ano passado e quatro dias úteis a mais que o mês anterior, junho de 2019.
Isso só é mais do que suficiente para sinalizar aumento dos embarques, especialmente em relação ao mês passado. Assim, o consolidado atual (envolvendo apenas carnes in natura) projeta os seguintes resultados para a totalidade do mês:
- Carne suína: perto de 66 mil toneladas, 18,5% e 15,5% a mais que o exportado em, respectivamente, junho passado e o mesmo mês de 2018;
- Carne bovina: pouco mais de 135 mil toneladas, com incremento mensal de 22% e anual de 4%;
- Carne de frango: cerca de 392 mil toneladas, quase 10% a mais que o exportado em junho passado. Comparativamente a julho de 2018 persiste, pelos dados oficiais, queda de pouco mais de 10%. Tem-se como certo, porém, que os resultados de um ano atrás foram “engordados” por embarques não contabilizados do mês anterior. Assim, na prática, essa redução talvez não exista.
A registrar ainda que, no momento, o preço médio obtido pelas três carnes registra variação positiva em relação ao mês anterior. Já na comparação com julho de 2018, a carne bovina ainda não conseguiu reverter a evolução negativa de preço que vem sendo registrada há algum tempo.
Fonte: Avisite