Em julho passado, enquanto o Índice FAO de Preços dos Alimentos (FFPI na sigla em inglês) sofreu recuo ligeiramente superior a 1% em relação ao mês anterior (queda de 172,7 pontos para 170,9 pontos), as carnes permaneceram em relativa estabilidade e, pelo contrário, obtiveram ligeiro aumento, de pouco mais de meio por cento (de 175,2 pontos para 176,2 pontos, segundo dados preliminares)
Nesse aumento, porém, a carne suína teve participação negativa, pois seu preço médio no mês caiu 0,15% em relação a junho. Ou seja: o aumento ficou restrito as carnes bovina e de frango. Ainda assim, em índices marginais: de 0,58% para a carne bovina; de meros 0,14% para a carne de frango que, por sinal, continuou com preços inferiores aos de maio passado, até aqui os melhores do ano e dos últimos 20 meses.
Conforme a FAO, a alta obtida pela carne bovina foi determinada pela firme demanda do mercado asiático. Por sua vez, o preço da carne de frango permaneceu estável porque, a despeito de uma demanda também intensa, a oferta continua suficiente para atendê-la.
Surpreende, neste caso, a ligeira queda de preço da carne suína – “bola da vez” no mercado internacional de carnes e cujos preços experimentaram forte reação nos quatro meses anteriores. O retrocesso – explica a FAO – não se deve à queda de demanda e, sim, à alta oferta do produto por parte do Brasil e dos EUA.
Notar, a propósito, que embora a cotação atual da carne suína se encontre quase 15% acima da registrada há um ano, comparativamente a julho de 2017 alcança valor 1,5% inferior. A carne de frango, por sua vez, registra valorização de pouco mais de meio por cento, enquanto o ganho da carne bovina fica ligeiramente acima de 1,4% .
Fonte: Avisite