Considerado, de um lado, o peso médio registrado pelo frango no primeiro trimestre de 2019 em abatedouros sob inspeção federal, estadual ou municipal e, de outro lado, o volume de pintos de corte alojados internamente entre janeiro e maio deste ano, conclui-se que nos seis primeiros meses deste ano a indústria do frango operou com uma capacidade de produção 2,5% maior que a do mesmo semestre de 2018
Nesta projeção levou-se em conta, no tocante ao rendimento dos pintos alojados, viabilidade de 96%, abate aos 42 dias de idade e, no segundo trimestre, peso médio correspondente à média do trimestre inicial do ano.
É bem provável, no entanto, que o peso médio adotado tenha sido superado e o volume de carne de frango alcançado no período tenha sido ainda maior, situação sugerida pelas condições de mercado nos últimos dois meses.
Em outras palavras, se a produção aumentou não mais que 2,5%, o simples fato de as exportações terem aumentado 12% no período teria levado a uma oferta interna com evolução negativa e, por decorrência, à maior estabilidade do mercado interno.
Como isso não ocorreu (no bimestre junho-julho os preços do frango abatido ficaram aquém dos registrados no bimestre anterior), prevalecem duas hipóteses: ou a produção efetiva ultrapassou o potencial ora projetado ou o poder aquisitivo do consumidor está mais deteriorado do que o imaginado.
Fonte: Avisite