O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta aumento de 39,7% para as exportações mundiais de carne bovina à China em 2019, seguido de outro salto de 36,5% em 2020
Em coluna publicada no site da Scot Consultoria, o analista Hyberville Neto, mostra, em números de cabeças, a força da demanda chinesa pela proteína animal.
Considerando carcaças de 250 quilos, o total de importações globais do gigante asiático em 2018 foi equivalente a 5,9 milhões de bovinos. A projetada para 2020 é de 11,2 milhões cabeças, ou seja, significa um aumento anual de 5,3 milhões de cabeças em carne importada.
Segundo Neto, tendo atenção aos custos, “é hora de colocar peso na novilhada”, considerando a possibilidade de confirmação da habilitação de mais plantas para a China. “A procura por boiadas jovens e novilhas tende a aumentar, pois a China compra somente bovinos com até 30 meses de idade”, relata o analista da Scot.
Em sua visão, com a possibilidade de maior demanda pela China, aliada a uma menor oferta da categoria, a cotação da novilha deverá ganhar um fôlego maior que o mercado em geral. Ainda de acordo com Neto, ao longo dos próximos meses, haverá uma oferta crescente de gado de confinamento, cenário normal no segundo semestre. “Boa parte do gado confinado atende à exigência de idade da China, mas em Estados com menor relevância deste tipo de engorda, a tendência é que as novilhas ganhem importância”, prevê.
Se o custo de manutenção e/ou engorda da categoria permitir, destaca Neto, “pode ser interessante manter esta categoria um pouco mais na fazenda, para uma possível demanda adicional”.
Fonte: Acrissul