Hoje iremos falar sobre um assunto meio pesado. Na verdade nosso assunto de hoje será sobre uma droga não tão comum no Brasil, porém, bastante usada em outros países: a heroína, uma droga depressora do sistema nervoso central.
A priori, a heroína é um analgésico que mata. Basicamente, ela é um tipo de droga que possui um efeito semelhante a um orgasmo. Por isso, ela causa dependência química, além da destruição de defesas do organismo.
Acima de tudo, a heroína é considerada como uma droga que pode matar aos poucos. Ou de forma instantânea, como por exemplo, a por meio de uma overdose.
Sobretudo, vale ressaltar que a heroína é tão perigosa que para se viciar é extremamente fácil. No primeiro uso já é possível se tornar um dependente, inclusive.
Logo, deixar o vício é um problema ainda maior. Basicamente, para se curar dessa droga, você tem que passar por um processo lento, doloroso e caro. E é exatamente por isso que, infelizmente, muitos desistem da recuperação e não conseguem sair desse vício.
Para você entender melhor sobre o universo da heroína, nós iremos lhe explicar mais detalhes. Confira.
Primeiramente, vale destacar que a heroína foi criada em laboratório, no ano de 1898. Essa droga, na verdade, foi sintetizada a partir da morfina.
Aliás, no início, o intuito era servir de solução para curar os viciados em morfina. Até porque a morfina era uma substância bastante utilizada no século XIX.
Ainda sobre essa substância, suas principais propriedades são analgésicas e antidiarreicas. Ela é muito usada hoje em dia para aliviar dores fortes, como as causadas pelo câncer.
Contudo, anos depois, alguns cientistas descobriram que a heroína poderia ser, no mínimo, três vezes mais poderosa que a própria morfina. Assim sendo, vale destacar que a heroína também é derivada do ópio, o qual é extraído da papoula Papaver somniferum.
No mais, vale ressaltar que o ópio é obtido diante algumas incisões nas cápsulas da flor. Após isso, escorre um liquido viscoso que, depois de seco, se transforma em uma massa escura e pegajosa. Inclusive, para se transformar em heroína, o ópio é depurado em várias etapas, e transformado em um pó branco.
Vale ressaltar que antigamente o ópio era usado para resolver problemas de saúde. Como por exemplo, insônias e mordidas de cobra.
Porém, após anos, foi constatada uma verdadeira legião de viciados na substância. Até porque todas as drogas originárias dessa planta, assim como a heroína, atuam sobre alguns receptores cerebrais específicos. Basicamente, deixando o funcionamento dos sistemas nervoso e respiratório mais brando.
Essa droga, aliás, é utilizada com mais frequência de forma injetável, após um certo aquecimento. Alguns usuários ainda a utilizam por inalação ou aspiração.
Por causa disso, a heroína foi considerada extremamente perigosa e sua fabricação é proibida no mundo inteiro. Como por exemplo, na Europa e nos Estados Unidos, que são um dos lugares com mais usuários. E também nos grandes produtores de ópio, o Paquistão e a Turquia. Porém, ainda é produzida e distribuída de forma clandestina.
Primeiramente, a heroína age nos sistemas digestivo e nervoso central. Sobretudo, nos primeiros instantes, a droga provoca mal estar e tontura no usuário. Logo após, a sensação passa para o sentimento de leveza, bem-estar, prazer, elevação da autoestima e euforia.
Além do mais, essa droga diminui sensações negativas, como a dor, o desânimo, a ansiedade e a angústia. No mais, a heroína provoca um estado de felicidade, o qual pode durar de duas a cinco horas.
A heroína pode ser injetada diretamente no sangue, com o uso de seringas. Depois da aplicação, ela pode levar de sete a oito segundos para fazer efeito. Aliás, esse efeito é tão estrondoso que é comparado com uma sensação de um orgasmo.
Basicamente, para se viciar em heroína é questão de duas semanas. Porém, para conseguir se livrar do vício é um processo árduo, que pode levar mais de 3 anos.
Além de ser um processo demorado, é também caro e bastante doloroso para o usuário. Até porque, os sintomas de abstinência são extremamente fortes.
Contudo, voltando a falar sobre o início da dependência, o que acontece é que após a primeira dose o usuário começa a consumi-la com bastante frequência. Tanto é que seus dependentes começam a viver para a conseguir o próximo pico da droga.
Até porque, o intuito dos usuários é buscar o mesmo bem-estar que foi provocado anteriormente. E também fugir das sensações provocadas pela abstinência. A priori, a sensação de abstinência já aparece após 24 horas sem o uso.
Dentre os principais sintomas da abstinência estão diarreia, náuseas, vômitos e dores musculares. Além de pânico, insônia, inquietação, secreção nasal, suores frios, letargia e taquicardia.
Os usuários, após se tornarem dependentes químicos, passam a ter outros consequências mais bruscas, como perda de peso, depressão, abortos espontâneos, surdez, delírio, descompassos cardíacos. Além da incapacidade de concentração e colapso dos vasos sanguíneos.
Sobretudo, além desses sinais já citados, os dependentes químicos também apresentaram problemas psicológicos. Na maioria dos casos, até mesmo mesmo problemas familiares são frequentes.
A priori as reações adversas da heroína são muitas. Porém, uma das mais gaves é o fato da droga atuar no sistema parassimpático.
Isso significa que após atuar nesse sistema, a heroína irá substituir as propriedades da acetilcolina. Esse, para quem não sabe, se trata de um neurotransmissor importantíssimo, que atua nas área da memória e do aprendizado.
Além do mais, a heroína também irá impedir a produção de endorfinas. As endorfinas são analgésicos naturais do organismo.
No caso, a heroína impede a produção dessa substância, pois se encarrega de fornecer esse efeito analgésico de forma intensificada. Inclusive, quanto mais doses de heroína a pessoa toma, mas baixa fica a produção natural de endorfina e a acetilcolina pelo organismo.
Sobretudo, é por conta da falta dessas substâncias que o o viciado sofre reações tão adversas quando resolve abandonar a droga. Porque, com a produção natural da endorfina e da acetilcolina em baixa, os terríveis sintomas da síndrome de abstinência surgem com toda violência.
Ou seja, quando o viciado tenta suprimir a droga, o organismo não consegue voltar automaticamente a produzir essas substâncias. Logo, nada irá ameniza a dor, a angústia, a falta de memória, a depressão e assim por diante.
Primeiramente, vamos destacar os perigos que existem por conta do compartilhamento de seringas. Basicamente, algumas pessoas, além de usarem a droga, ainda se submetem a atitudes nada higiênicas.
Portanto, essas pessoas têm maiores chances de adquirir diversas doenças. Como por exemplo, a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), hepatites, tétanos, inflamação do endocárdio, que é a película que envolve o coração; e também pneumonias. Além das chances de necrosar os tecidos.
Sobretudo, ocorre também muitos casos de morte por overdose. Nesses casos, são comuns que ocorrem paradas respiratórias decorrentes do uso prolongado, ou então do uso da heroína com outras drogas.
Além do mais, existem casos em que a heroína aparece misturada com talco, analgésicos e bicarbonato. Ou então, qualquer outro tipo de pó que iluda os usuários, e gere maior lucro para os traficantes.
Aliás, quando a heroína aparece misturada com outros elementos, ela se torna mais branda. Porém, o perigo é quando o usuário tiver acesso à uma droga mais pura. Nesse caso, se ele usar a mesma dose que utiliza da heroína misturada, pode correr o risco de morrer de overdose.
Primeiramente, vale destacar que a heroína não é tão comum no Brasil. Porém, existem outras substâncias que podem ser encontradas com maior facilidade, como é o caso da cocaína e do crack. Até porque, essas substâncias conseguem chegar de forma fácil e barata por aqui.
Por exemplo, você consegue encontrar uma pedra de crack por 3 ou 4 reais. Enquanto o grama de cocaína fica por volta de 6 reais.
Em contrapartida, o uso de heroína é bem comum nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália. Basicamente, nesses lugares, a heroína chega a custar US$ 6 o envelope.
O que achou da nossa matéria? Você tinha ideia de que a heroína é tão devastadora para o corpo?
Leia mais: Por quanto tempo as drogas permanecem no organismo?
Fontes: Brasil escola, RFI português do Brasil, Super interessante
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