Caminhando em sentido oposto ao sinalizado pelos analistas e pelo mercado internacional, as exportações de carnes de agosto passado registraram forte refluxo – não apenas em relação ao mês anterior, mas também em comparação a agosto de 2018
É interessante notar, no tocante ao volume, que enquanto os índices de redução mensal (agosto sobre julho) foram bastante díspares entre si (carne bovina: queda de 2%; carne de frango: queda de 15%; carne suína: queda de 26%), na comparação com agosto de 2018 apresentam relativa similaridade entre si (-12,5%, -17,5% e -18,6%, respectivamente). Isto deixa a impressão de que os possíveis problemas enfrentados no mês atingiram as três carnes, indistintamente, situação que pode estar relacionada à logística dos embarques ou, então, à contabilização dos dados mensais.
Independentemente do que tenha ocorrido, o fato é que as carnes suína e de frango voltaram a enfrentar redução no preço médio em relação ao mês anterior (-2,96% e -2,12%, respectivamente). Ou seja: apenas a carne bovina obteve valorização no preço (de 4,77%), desempenho que se refletiu na receita cambial do produto, novamente superior à receita cambial da carne de frango. Esta, por sua vez, perdeu de um mês para outro quase 17% da receita, enquanto a perda da carne suína superou os 28%.
Comparativamente a agosto de 2018, houve valorização no preço médio das três carnes. Mas como o volume embarcado sofreu forte refluxo, o ganho no preço não influenciou a receita cambial que, pelo contrario, recuou 10%.
Fonte: Avisite