A análise dos dados da SECEX/ME sobre as exportações brasileiras de carne de frango acumuladas nos dois primeiros quadrimestres de 2019 indica que o aumento anual de quase 3% no volume exportado correspondeu a um adicional próximo das 77 mil toneladas
Pois mais de três quartos desse adicional (59,2 mil/t, 77% do total) correspondem a exportações destinadas à China, que se isola cada vez mais na liderança do ranking dos principais importadores do produto brasileiro.
Individualmente, a China responde, até aqui, por quase 13% do volume total exportado nestes oito meses, ao mesmo tempo que propicia 16% da receita cambial do setor. Mas esses índices sobem significativamente quando se consideram, também, as importações de Hong Kong – território especial chinês e sexto principal comprador da carne de frango brasileira. Então, a participação no volume chega a 17,67%, enquanto a participação na receita alcança os 20,36%, um quinto da receita cambial do frango.
Quanto aos outros oito integrantes do grupo dos “10 maiores” não há grandes modificações em relação aos meses anteriores mais recentes, os cinco primeiros respondendo por mais da metade do total exportado. Ou 55,5% se considerado também o sexto colocado, Hong Kong.
Na sequência dos 10 primeiros, entre a 11ª e a 15ª posição se encontram o Iraque (volume 7,40% maior), México (16,11% a menos), Cingapura (aumento de 3,16%), Omã (+13,38%) e Reino Unido (+29,44%). A Rússia, que cinco anos atrás se colocava entre os 10 principais importadores da carne de frango brasileira (125 mil/t em 2014), hoje está na 18ª posição, com apenas 38 mil/t, queda de 11% sobre os mesmos oito meses de 2018.
A registrar, como curiosidade, que ao chegarem às 480,7 mil toneladas, as importações somadas de China e Hong Kong ficaram muito próximas do volume total importado por outros cinco integrantes do ranking – África do Sul, Coreia do Sul, Holanda, Kuwait e Iêmen. Em conjunto, eles importaram, até agosto, pouco mais de 490 mil toneladas de carne de frango brasileira.
Fonte: Avisite