A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural anuncia a interdição dos cultivos de berbigões, ostras, vieiras e mexilhões da localidade de Armação do Itapocoró, no município de Penha, devido à presença de toxina diarreica
A partir desta sexta-feira (20) está proibida a retirada, comercialização e o consumo destes animais e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia.
A medida foi necessária após exames laboratoriais detectarem a presença de ácido ocadaico nos cultivos de moluscos bivalves da região. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
Permanecem interditadas
As localidades de Barra e Laranjeira, em Balneário Camboriú, seguem interditadas para retirada, a comercialização e o consumo de todas as espécies de moluscos e seus produtos, inclusive nos costões e na beira de praia. A liberação é feita após dois testes negativos consecutivos para a presença da toxina.
Seguem liberadas para a coleta de ostras
As localidades de Zimbros e Canto Grande, no município de Bombinhas; Araça, Perequê e Ilha João da Cunha, no município de Porto Belo; Caieira da Barra do Sul, em Florianópolis; e Ponta do Papagaio, em Palhoça, seguem liberadas para a retirada, comercialização e consumo de ostras. Permanece a interdição para mexilhões, vieiras e berbigões destes locais, inclusive nos costões e beira de praia.
O gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, ressalta que ostras e mexilhões se comportam de forma diferente diante das concentrações de algas tóxicas, por esse motivo a desinterdição é parcial. “Existem diferenças nos sistemas de filtração dos moluscos. A ostra concentra menos toxinas, por isso foi possível a sua liberação antes dos mexilhões”.
Monitoramento constante
Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e o único estado do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, dando garantia e segurança para os produtores e consumidores.
Por Paulo Henrique Santhias/ Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural