Ao divulgar, no final da semana passada, os resultados da Produção Pecuária Municipal de 2018, o IBGE observou que “o total estimado de galináceos (frangos, frangas, galos, galinhas e pintinhos) cresceu 2,9%, totalizando 1,5 bilhão de cabeças” e que a região Sul, “com destaque na criação de frangos para o abate”, permaneceu responsável por quase metade do total brasileiro”
Já em relação às galinhas, o IBGE escreve que “o quadro regional se inverte”: a primeira região do ranking foi o Sudeste, com 38,9% do total de cabeças do país. Neste caso foi estimado para 2018 um total de 246,9 milhões de galinhas–aumento de 2,5% em relação a 2017. O estado de São Paulo foi responsável por 21,9% do efetivo de galinhas no Brasil.
Prosseguindo, o IBGE ressalta que Santa Maria de Jetibá (ES) foi o município que apresentou os maiores efetivos, tanto de galináceos quanto de galinhas. Para o ranking de galináceos, especificamente, vieram em seguida os municípios de Cascavel (PR), Bastos (SP), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG), enquanto o ranking para galinhas, exclusivamente, é completado por Bastos (SP), Primavera do Leste (MT), São Bento do Una (PE) e Itanhandu (MG).
Finalizando sua análise sobre o setor avícola, o IBGE acrescenta que a produção nacional de ovos de galinha – responsável por um rendimento de R$14,0 bilhões – foi de 4,4 bilhões de dúzias em 2018, volume 5,4% superior ao obtido em 2017 e o maior na série da pesquisa. A região Sudeste respondeu por 43,8% do total produzido em 2018, sendo o estado de São Paulo o maior produtor nacional (25,6%).
O IBGE complementa suas informações com a tabela reproduzida abaixo, na qual individualiza, por Região e nacionalmente, o plantel total de galináceos bem como, especificamente, o de galinhas – em relação ao qual estabelece a percentagem do total. Completa a tabela mostrando o total de ovos produzidos no exercício passado e a produtividade do plantel (dúzias de ovos por galinha no ano).
A despeito da boa intenção é forçoso acrescentar que o número de galináceos apontado corresponde apenas ao plantel existente em 31 de dezembro de 2018, data-base do levantamento. Ou seja: não inclui os bilhões de cabeças de frango criadas no decorrer do ano e abatidas em idades que variam desde 4 (quatro) até 7 (sete) semanas e que, por isso, escapam ao levantamento anual do IBGE.
Aliás, o próprio IBGE aponta, em seus levantamentos trimestrais, que em 2018 foram abatidas no País perto de 5,7 bilhões de cabeças de galináceos. Pois bem: ainda que parcial (pois desconsidera os abates sem inspeção), esse total indica que o plantel de galinhas (246,9 milhões de cabeças) corresponde a pouco mais de 4% do total de galináceos.
Outro novo indicativo do IBGE que merece atenção é o referente à produtividade do plantel – na média nacional, 18 dúzias anuais de ovos por galinha, resultado baixíssimo para as linhagens atuais de poedeiras. Neste caso, parte da baixa produtividade apontada decorre do fato de o universo de galinhas recenseadas ser composto não apenas por poedeiras comerciais, mas também por reprodutoras de corte e postura, tipo de ave que puxa os resultados para baixo.
Fonte: Avisite