A Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidente (SCI),em Aquidauana, montada pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul para coordenar a força-tarefa de combate aos incêndios florestais, anunciou a permanência das equipes de brigadistas nas bases de operação, mesmo com a ocorrência de chuvas em toda a região do Pantanal e na borda onde haviam focos de calor
“Foi deliberado que na data de ontem (quarta-feira) serão mantidas as equipes nos locais já estabelecidos e será realizado o monitoramento dos focos de incêndios que estavam send combatidos. Este monitoramento será desempenhado pela força-tarefa em solo, através de veículos nos locais acessíveis e disposição de militares em vigilância”, informou o boletim divulgado pelo SCI.
Fogo na morraria
A operação vinha sendo desenvolvida em quatro frentes: fazendas Rancho Grande, Caiman, Bodoquena e São Roque, nos pantanais de Miranda, Aquidauana e Corumbá. Um dos principais focos que vinha sendo combatido, até a noite de terça-feira (24), era em uma reserva da fazenda Bodoquena, do grupo Votorantim, próximo à cidade de Miranda. Local de morraria, difícil acesso.
O fogo teria consumido cerca de 400 hectares da reserva, que tem 1,3 mil hectares, situada próxima a rodovia MS-243, segundo o diretor da fazenda, Edgar Ribeiro da Silva. Ele informou que o incêndio começou há 40 dias na Creta, fazenda vizinha, em direção ao sul, e foi extinto. Porém, reacendeu novamente, com o vento soprando as chamas para Oeste, em direção à Bodoquena, que tem 80 mil hectares.
“Nos últimos dias paramos de trabalhar e saímos atrás do fogo”, disse ele, explicando que a fazenda tem pessoal treinado e maquinários para combate a incêndios e auxiliou várias propriedades atingidas pelo fogo, entre Miranda e Corumbá. Nos focos ao redor da Bodoquena o Corpo de Bombeiros utilizou pessoal por terra e lançamento de água pelo helicóptero “Águia 14”, da PM de São Paulo.
Combate aéreo
Conforme o planejamento elaborado pelo SCI para esta quarta-feira, devido às condições meteorológicas, a operação aérea foi momentaneamente paralisada, com a permanência dos helicópteros “Águia” e “Pantera” (do Exército) e do avião Air Tracktor, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, permanecendo no solo, na fazenda Caiman. As aeronaves aguardariam condição climática a pouso e decolagem, segundo o cordenador do SCI, tenente-coronel Huesley Silva.
Na terça-feira (24), o “Águia” foi empregado no deslocamento de militares para os focos mais afastados e inacessíveis por terra, além de vários voos de reconhecimento. Também realizou 62 lançamentos de água – dispõe de uma bolsa de capacidade de 540 litros -, perfazendo um total de 25 mil litros de água jogados nos incêndios. O avião Air Tracktor também lançou cerca de 8.500 litros de água em três horas e 10 minutos de voo.
Fonte: Semagro