Como começaram, os preços da soja fecharam o dia na Bolsa de Chicago: com estabilidade
No pregão desta segunda-feira (7), os futuros da oleaginosa testaram os dois lados da tabela, porém, sempre com oscilações bastante tímidas. Para encerrar os negócios, as cotações ficaram no vermelho, porém, perdendo apenas entre 0,25 e 0,50 ponto.
Dessa forma, o vencimento novembro/19, referência para a safra americana, fechou a sessão com US$ 9,15 por bushel, enquanto o maio/20, indicativo para a temporada do Brasil, foi a US$ 9,49.
O mercado parece manter sua cautela em uma semana cheia de novas informações, principalmente a partir desta quinta-feira (10). É nesse dia que chegam o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e quando começa a nova reunião entre representantes da China e dos Estados Unidos em Washington.
Segundo explicou o consultor de mercado Steve Cachia, da Cerealpar e AgroCulte, qualquer pressão sazonal maior que poderia ser registrada nesta semana viria a ser limitada por estes dois fatores. E o movimento se confirmou. O USDA, nesta segunda, anunciou novas vendas de soja e o mercado não teve força suficiente para reagir à notícia, mantendo-se na defensiva.
Foram 198 mil toneladas para a China e outras 240 mil para destinos não revelados. Ambos os volumes referem-se à temporada 2019/20.
Como há muito não acontecia, o USDA vem trazendo, nas últimas semanas, anúncios quase que diários de vendas da oleaginosa dos EUA para a nação asiática. Somente na semana passada foram mais de 700 mil toneladas.
Mais do que isso, especialistas internacionais não cultivam boas perspectivas sobre a reunião entre chineses e americanos. De acordo com fontes ouvidas pela agência Bloomberg, os chineses estariam bem mais relutantes em aceitar o amplo acordo sinalizado por Donald Trump antes do encontro desta semana.
As informações teriam, inclusive, reduzido as esperanças de uma trégua entre os dois países, refletindo, inclusive, no mercado financeiro e de commodities neste início de semana.
Assim, os próximos dias serão importantes para este mercado com focos entre as notícias de geopolítica – principalmente às ligadas à guerra comercial – e as questões de clima tanto para o Brasil, quanto para os Estados Unidos.
“Nos EUA, as temperaturas caíram bem e continua o risco de geadas enquanto no Brasil chuvas e períodos de seca, dependendo da região, os quais podem influenciar nesta fase inicial da temporada”, como explicou Steve Cachia.
Por Carla Mendes/ Notícias Agrícolas