Considerada a sazonalidade do mercado, o décimo mês do ano é, normalmente, um dos meses mais fracos para a comercialização do ovo. Geralmente, é em outubro que são registrados os menores preços do segundo semestre
Ainda que de maneira pouco expressiva, outubro de 2019 fugiu à regra, pois seu preço médio no mês ficou quase 2% acima do registrado em setembro passado. Mas o melhor de tudo foi a não repetição do verdadeiro susto enfrentado em outubro do ano passado, ocasião em que, de um mês para outro, os preços registrados recuaram quase 15%, o que significou o menor preço de 2018.
Vem daí a variação anual, neste ano, de mais de 40% – um índice de incremento que pode levar à conclusão de que o setor obteve excepcional recuperação. Mas não é bem assim, porquanto em outubro de 2018 o recuo enfrentado foi de 27% sobre o mesmo mês de 2017.
E isso avaliado, a conclusão é a de que o valor mais recente do produto se encontra apenas 2,6% acima do registrado em outubro de 2017 (pouco mais de 1% ao ano no biênio). Assim, o aparente ganho sequer cobre a inflação acumulada no período.
De toda forma, é oportuno ressaltar a relativa estabilidade observada a partir de fevereiro. Assim, enquanto no ano passado, mesmo período, os preços mínimo e máximo registrados variaram 29% abaixo da média e 13% acima da média, neste ano essa variação se encontra cerca de 8% abaixo e acima da média. Resultado que, para o consumidor, é bem mais palatável.
Mesmo assim, é impossível negar que o desempenho do ovo no decorrer do ano permanece muito aquém do alcançado em exercícios anteriores. Por ora registra, sim, variação positiva em relação à média registrada no ano passado. Mas, deflacionado, em uma década seu preço supera apenas o que foi registrado em 2010. Ou seja: se iguala aos valores de 2011 e 2014 e continua aquém do que alcançado no biênio 2012/2013 e no triênio 2015/2017.
Fonte: Avisite