Referente a notícias vinculando o arroz a uma alta na inflação, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), emitiu nota reforçando a posição dos arrozeiros em relação ao tema.
O comunicado lembra que, primeiramente, apesar dos prejuízos que as famílias produtoras de arroz gaúchos vêm sofrendo ao longo dos anos, essas responsáveis pela produção de mais de 70% do arroz do Brasil, novamente a missão dos orizicultores está cumprida, já que o abastecimento de arroz, apesar de ajustado, está garantido para o próximo ano.
O comunicado da entidade enfatiza ainda que, conforme já assinalado ao longo 2019, em relação ao ajuste de produção, os preços ao consumidor passariam por picos de aumentos, entretanto, diferentemente do caso da carne, essa que teve aumento em razão de demanda externa, o caso do aumento dos preços do arroz é decorrente a outros fatores como a redução de área plantada e conversão para outras culturas mais lucrativas. “Entretanto, os aumentos ao consumidor se revelarão insignificantes, já que o arroz representa cerca de R$ 0,12 na refeição diária. Ademais, uma família de quatro pessoas consome cerca de, em média, cinco quilos de arroz por mês, valor que representa, em média, R$ 8,00 mensais no orçamento familiar”, destaca a nota.
O documento salienta ainda que, mesmo que o arroz passe por reajustes nos preços praticados no livre mercado, os aumentos não representarão prejuízos ao consumidor face a sua baixa valorização. “A Federarroz, apesar das dificuldades e falta de respostas do Poder Público, seguirá empenhada em buscar soluções adequadas e necessárias aos produtores de arroz do Estado, ressaltando, novamente que as áreas de arroz seguirão diminuindo, caso os preços não sejam remuneratórios, fato que coloca sob risco a segurança alimentar do país nos próximos anos”, conclui o comunicado.