A Embrapa Territorial iniciará, neste ano, um projeto para “Mapeamento de níveis de degradação de pastagens do bioma Cerrado por meio de geotecnologias”.
O pesquisador Sérgio Galdino pontua que a iniciativa deve trazer avanços na precisão de informações disponíveis sobre o tema no Brasil. Isso porque serão utilizadas imagens de satélites com resolução de 30 metros e 10 metros e haverá um extenso trabalho de campo para ajuste e validação dos modelos – está prevista a coleta de 4.200 amostras. Ele também aponta a definição de indicadores para diferenciar níveis de degradação por meio de sensoriamento remoto como uma inovação que desafia a equipe.
Durante o projeto, pesquisadores e analistas terão como objeto de estudo as pastagens localizadas em área de cerrados de quatro estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins. Uma rede de parcerias está em formação para as atividades e já conta com quatro unidades da Embrapa (Agrossilvipastoril, Gado de Corte, Informática Agropecuária e Pesca e Aquicultura). Também participarão a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural do Estados do Mato Grosso do Sul (Agraer-MS), a Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Emater-MT) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins). Os extensionistas atuarão inclusive nas coletas de informações a campo, após treinamento com a equipe da Embrapa.
As imagens serão obtidas dos satélites Landsat-8 e Sentinel-2. Galdino conta que serão avaliadas quatro metodologias para estimativa de níveis de degradação. A previsão é, ao final do trabalho, entregar para sociedade mapas com um panorama do estado de conservação das pastagens nos cerrados dos quatro estados, por meio da Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa (GeoInfo) e de um sistema de informações geográficas online (webgis).
O produto principal, no entanto, deve ser a disponibilização de um método sólido de mapeamento de pastagens degradadas por sensoriamento remoto, com diferenciação de níveis, que possa ser replicado para o monitoramento periódico do estado de conservação das áreas. O pesquisador explica que, a partir daí, o acompanhamento da evolução da condições das pastagens poderá ser feito com baixo custo.
Por: Vivian Chies – Embrapa Territorial