Nada escapou: as quedas – tanto de receita como de volume – foram generalizadas no mix de itens de carne de frango exportados pelo Brasil em janeiro passado
Em termos de volume e relativamente ao mesmo mês do ano passado, o maior retrocesso recaiu sobre os industrializados, com redução de quase um terço. Na sequência vieram o frango inteiro (menos 19%) e os cortes de frango (quase 13% a menos). Ou seja: o menor recuo – pouco mais de 10% – envolveu o item mais questionado no ano passado, a carne salgada.
A mesma ordem se repete no tocante à receita. Nesse quesito, porém, frango inteiro, cortes e industrializados registraram índice de queda inferior ao observado no volume, isto indicando que apresentaram alguma melhora no preço médio, o que não ocorreu com a carne salgada.
Efetivamente, os preços médios alcançados pelos três primeiros itens em janeiro passado registraram aumento de, respectivamente, 3,16%, 1,98% e 9,29%. Já o preço médio da carne salgada apresentou pequeno recuo, de 0,38%.
A despeito da queda significativa no volume e na receita dos quatro itens exportados, a participação de cada item no resultado final de janeiro não apresentou grande alteração em relação à média de 2018.
O frango inteiro respondeu por 26,65% do volume total (0,98 ponto percentual a menos que no ano passado), os cortes por 68,31% (0,80 ponto percentual a mais), os industrializados por 2,36% (0,13 ponto percentual a menos) e a carne salgada por 2,68% (0,31 ponto percentual a mais).
Na receita, a participação do frango inteiro foi de 23,15% (0,65 ponto percentual a menos que na média de 2018), a dos cortes de 68,32% (0,31 ponto percentual a mais), a dos industrializados de 4,15% (0,15 ponto percentual a menos) e a da carne salgada de 4,38% (0,49 ponto percentual a mais).
De toda forma, esse mix se encontra profundamente alterado em relação a uma década atrás. Assim, considerado apenas o volume, em 2008 o produto in natura (frango inteiro + cortes) respondeu por cerca de 90% das exportações, ficando os industrializados e a carne salgada com, praticamente, 5% cada um. Em 2018 a participação do “in natura” foi superior a 95%. E a dos dois outros itens não chegou a 2,5% cada um.
Fonte: Avisite