Com a chegada de fevereiro, havia uma expectativa de maior firmeza para as cotações no mercado do boi gordo, entretanto, esse cenário não foi concretizado na maioria das regiões
Isso fica evidente quando analisamos o fechamento do mercado de animais terminados da primeira metade de fevereiro. Na média das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a arroba do boi gordo cedeu 0,2%.
Nas praças onde houve esse cenário de queda, os negócios no mercado de reposição esfriaram e chegaram, em alguns casos, até a pressionar para baixo as cotações.
Em Mato Grosso do Sul e Goiás, por exemplo, no fechamento semanal a cotação do bezerro de desmama anelorado (6@) cedeu 0,8% e 1,6%, respectivamente.
Por outro lado, nas regiões onde o início de fevereiro foi melhor para o mercado do boi gordo, a procura por negócios com a reposição aumentou e as cotações ganharam firmeza. Caso do Pará.
Por lá, as cotações do bezerro de desmama subiram 2,6% desde o início do mês. Além do mercado do boi gordo positivo o clima também tem ajudado na melhor condição das pastagens, fato que favorece a procura.
De maneira geral, para o curto prazo, vale a pena acompanhar as condições climáticas e a recuperação dos pastos.
As chuvas voltaram em algumas regiões que sofreram com o veranico em dezembro e janeiro, isso tende a melhorar as condições das pastagens daqui para frente e pode gerar maior estímulo para os negócios no mercado de reposição.
No entanto, o consumo de carne tende a ser menor na segunda metade do mês o que pode pressionar as cotações da arroba do boi gordo para baixo. Fato que diminui o apetite de compra dos recriadores e invernistas.
O equilíbrio entre essas duas variáveis definirá o rumo das cotações.
Fonte: Scot Consultoria