Desde que 2019 começou já se passaram 11 semanas e o preço da carne bovina sem osso vendida no atacado caiu em oito
Nos primeiros meses do ano esse comportamento de desvalorização da carne já era esperado pelo menor poder aquisitivo da população.
A valorização começou a “dar as caras” nas duas semanas que antecederam o Carnaval, mas a alta nos preços no atacado foi superficial. Isso aconteceu porque o varejo fez suas compras vagarosamente, não acreditando na potência do consumo durante os dias de folia.
Na semana passada, pós Carnaval, o varejo, ainda trabalhando com estoques ajustados, demandou pouco e o preço da carne teve um ajuste negativo.
Contudo, nestes últimos sete dias, as vendas no atacado melhoraram e os preços entraram em uma trajetória altista. Considerando a média de todos os cortes de carne sem osso vendidos pelas indústrias a cotação subiu 0,9%.
Além da demanda mais firme de supermercados e açougues, a produção nos frigoríficos está mais regulada. No caso de São Paulo, por exemplo, a maioria das escalas de abate atende, em média, de três a quatro dias. Fator que colaborou com a reação para cima dos preços da carne.
Já a margem das indústrias que fazem desossa está em 17,2%, abaixo da média histórica. E como a cotação do boi gordo está subindo devido à baixa oferta de gado, é possível que a estratégia do frigorífico seja manter firmes os preços da carne, a fim de tentar proteger suas margens. Portanto, expectativa de mercado sustentado em curto prazo.
Fonte: Scot Consultoria