Um ano atrás, nesta mesma época, os três principais insumos da produção brasileira de carnes – frango, boi e suíno vivos – registravam, no mês e no quadrimestre, evolução negativa de preços
O pior resultado recaia sobre o frango, então sujeito a uma das piores remunerações da década. No quadrimestre, apenas o boi alcançava preço ligeiramente superior ao do mesmo período do ano anterior. Mas o incremento (+0,29%) não cobria a inflação do período, superior a 2,75%.
Só em maio se conhecerá a inflação efetiva de abril corrente. Mas desde já está claro que os três itens superarão os índices oficiais. E, ao contrário de um ano atrás, o maior ganho é, agora, o do frango vivo, que alcança em abril (dados preliminares) cotação média 10,4% superior à de março passado.
Em relação a abril de 2018 e ao primeiro quadrimestre do ano passado, os incrementos de 61,6% e 30,3%, respectivamente, servem apenas para demonstrar o quão defasado estavam os preços então registrados. Tanto que, em relação ao mesmo quadrimestre de 2017, a variação acumulada não chega a 20%. Notar, além disso, que nesses episódios o frango não esteve sozinho: foi acompanhado, ainda que parcialmente, pelo suíno, cujo preço médio em abril corrente está mais de 40% acima do registrado há um ano, enquanto sua variação anual no quadrimestre supera os 20%.
Notar que, a despeito de uma valorização significativamente maior que a do boi em pé, a relação de preços entre os dois produtos não sofreu sensível modificação: o frango mantém-se competitivo. Considerado apenas o primeiro quadrimestre do exercício, na média dos oito primeiros anos da presente década (2011/2018) o preço do frango vivo correspondeu a pouco mais de 25% do preço do boi (valor da arroba convertido em quilos). Neste quadrimestre essa relação está em 30%.
Fonte: Avisite