Os preços da soja recuam neste início de semana na Bolsa de Chicago
Na sessão desta segunda-feira (13), por volta de 7h20 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 6 e 6,75 pontos, com o julho valendo US$ 8,02 por bushel.
Os preços da commodity são os mais baixos em 10 anos e reflete, principalmente, os altos estoques norte-americanos e a demanda mais lenta da China neste momento, maior comprador mundial.
“Com as cotações de soja no menor nível em mais de uma dcada, reflexo de estoques recorde nos EUA, gripe suiína reduzindo a demanda para soja na China e uma piora na guerra comercial EUA/China, o interesse de compra continua fraco”, explica o diretor da Cerealpar, Steve Cachia.
Entre as relações EUA x China, as tensões parecem ter ser aquecido. Depois da visita do vice premier Liu He a Washington, a nação asiática já avisou que irá retaliar os últimos movimentos do governo Trump. Os americanos, afinal, deram início a uma nova rodada de tarifações, agora sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses.
Assim, um acordo entre as duas maiores economias do mundo parece cada vez mais distante. A boa notícia, em meio a todo esse turbilhão, é de que enquanto conflita com os EUA, a China segue comprando mais soja na América do Sul, especialmente no Brasil, o que já motivou, inclusive, uma boa reação dos prêmios nos portos do país.
Nesta segunda, atenção também ao quadro climático nos Estados Unidos. As condições ainda não permitem que os trabalhos de campo avancem em seu ritmo normal, e os produtores continuam bastante preocupados. Os questionamentos do mercado agora é se essas notícias, diante do atual cenário da guerra comercial, teriam força para provocar uma reação dos preços.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz hoje seu reporte semanal de acompanhamento de safras, com os números do progresso do plantio até o último domingo (12). As expectativas do mercado são de algo concluído entre 14% e 15% da área, contra 6% da semana anterior. Os índices se mostram atrasados em relação à média das últimas cinco safras e também se comparados ao ano passado.
Também nesta segunda, traders atentos aos números dos embarques semanais de grãos que serão divulgados pelo USDA.
Por Carla Mendes/ Notícias Agrícolas