Após quatro meses consecutivos de embarques superiores a 20 milhões de unidades mensais, as exportações brasileiras de ovos férteis para a produção de pintos de corte apresentaram forte refluxo
Em abril passado foram embarcadas 15,9 milhões de unidades do produto, um quarto menos que no mês anterior (21,5 milhões de unidades em março/19).
A redução, entretanto, não ficou limitada aos meses mais recentes. Pois o volume exportado correspondeu a, praticamente, dois terços do que foi registrado um ano atrás, ocasião em que o total consignado alcançou 24 milhões de unidades e representou o maior volume mensal de 2018.
A forte demanda interna foi fator determinante na queda observada. Mas, conforme um executivo do setor, o que fez vários exportadores de ovos férteis abandonarem parcialmente o mercado externo – conquistado arduamente nos últimos anos – foi o baixo preço recebido.
É que – diante das condições do mercado interno (até pouco tempo, caracteristicamente fraco e gerador de alta ociosidade no setor), muitos produtores de ovos férteis tiveram como única opção de continuidade o mercado externo, atendido então a preços convidativos para os compradores. Agora, com a virada de mercado (há carência do produto), os preços internos se tornaram novamente compatíveis e mais atrativos.
Apesar, porém, da redução observada (que deve ter continuidade neste e nos próximos meses), o volume exportado no ano continua apresentando incremento expressivo. Porque, entre janeiro e abril, foram embarcados 83,3 milhões de ovos férteis, volume perto de 13% superior ao do mesmo quadrimestre de 2018.
Por sua vez, o total acumulado em 12 meses – 224,6 milhões de unidades, cerca de 624 mil caixas de 30 dúzias – se encontra 17,25% acima do registrado em idêntico período anterior.
Fonte: Avisite