Biotecnologia já entrou em etapa de maturidade
Se poderia dizer que a biotecnologia ou a aplicação dos resultados da biologia molecular, da genética e outras disciplinas para criar medicamentos, alimentos, biocombustíveis e outros produtos para responder às necessidades sociais já entrou a uma etapa de maturidade. “No entanto, a maioria das pessoas, incluindo os governantes e funcionários públicos, não tem consciência disso”, afirmou o especialista em biotecnologia e professor da Universidade de Buenos Aires e da Universidade Nacional de Quilmes, Alberto Díaz.
Ao começo foi a insulina humana, que chegou ao mercado em 1982, demonstrando a efetividade industrial da biotecnologia. Depois seguiram o hormônio do crescimento humano, os interferões, eritropoietina, os fatores de crescimento, vacinas contra a hepatite B e contra o vírus do papiloma, até chegar nos últimos dez anos a produção e comercialização de anti-corpos mono-clonais, que se aplicam em oncologia e em doenças auto-imunes.
Tudo isso, segundo Díaz, foi possível por um diálogo necessário e eficiente entre pesquisadores, tecnólogos, gerentes, empresários, funcionários públicos e financistas para consolidar estas inovações através da criação de novas empresas em biotecnologia permitiram levar os resultados da “mesada” aos pacientes. “Um papel essencial tem sido e é dos geres e novos empresários que saibam valorizar e orientar o que fazem os cientistas”, explicou Díaz, que acaba de publicar o livro “Biotecnología en todos lados”.
A longa lista de aplicações da biotecnologia na saúde, alimentos, energia, materiais, produtos químicos e aplicações no meio ambiente evidencia sua importância. “Desde uns 10 anos se tem começado a falar, sobretudo nos países desenvolvidos, da bioeconomia, isto é, o impacto das ciências biológicas na economia e na sociedade em geral”, sublinhou.
Conclui Alberto Días que a maioria das pessoas, incluindo governantes e funcionários públicos, não tem consciência sobre a capacidade que tem a biotecnologia para resolver necessidades relacionadas com a saúde, energia e alimentação.
Por Leonardo Gottems
Fonte: Agrolink