Já no próximo mês o volume de chuvas no Estado deve diminuir pela metade.
Os pecuaristas de Mato Grosso devem se preparar para “receber” a seca prevista para os próximos meses, indica o boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) dessa semana. ” O período chuvoso é o principal vetor para a recuperação das pastagens do Estado, provendo assim alimento em abundância para os bovinos mato-grossenses. No entanto, com o mês de abril chegando, as chuvas já começam a diminuir sua intensidade, e com isso a pressão para o pecuarista que depende exclusivamente dos pastos tende a se acentuar”.
De acordo com a Somar Meteorologia, abril deve ter volume de chuvas 50%¨menor do que o registrado em março nas cidades acompanhadas pelo serviço no Estado – Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Canarana, Diamantino, Itaúba, Rondonópolis e Sinop. Já em maio, a redução esperada é de 86% em relação ao mês anterior.
Cotações – Diferentemente das últimas semanas, quando apresentou estabilidade, a arroba do boi gordo reagiu no último comparativo e apresentou alta de 0,47%, sendo cotada a R$ 133,14. Em consequência da valorização nos preços da arroba, a escala de abate também aumentou, para 5,82 dias, já que a compra pelos frigoríficos está sendo mais fácil.
Exportação de gado vivo – Além de ser grande exportador de carne bovina, o país tem voltado a embarcar mais gado vivo nos últimos anos e com um perfil diferente. Em 2017, foram exportadas 407,4 mil cabeças, quantia 39,2% maior do que em 2016, sendo os principais estados exportadores o Pará (65,1%), o Rio Grande do Sul (15,8%) e São Paulo (10,5%). A Turquia tem sido o principal comprador, favorecendo a recuperação das exportações nesse ramo, após a forte retração das compras venezuelanas a partir de 2015.
Segundo o Imea, nos últimos dois anos, o perfil dos animais enviados para fora do país tem se alterado, já que o peso vivo médio por cabeça exportada entre 2015 e 2017 reduziu 31,8%, saindo de 31,28 @/cab para 21,33 @/cab. “Ainda que a quantidade exportada seja pequena, a comercialização dos animais com outros países é uma alternativa que se apresenta aos pecuaristas brasileiros”.
Fonte: Imea