O frango – vivo ou abatido – passou pela Páscoa (antes momento de grande consumo, por isso, de revitalização das vendas) e pela primeira semana de abril (em geral, um bom momento de demanda do mês) sem qualquer alteração nos parâmetros básicos
Em outras palavras, não só permaneceu com operações fracas (pois as ofertas continuam superando a baixa demanda até agora registrada), como continuou com a cotação referencial de duas semanas atrás, alcançadas no final de março: R$2,20/kg em São Paulo; R$2,10/kg em Minas Gerais.
“Cotação referencial” – sempre é bom ressaltar – porque prosseguem os negócios por quantias até 20 centavos inferiores, o que significa R$2,00/kg no interior paulista e R$1,90/kg entre os mineiros, o que, em ambos os casos, coloca os valores recebidos em níveis bastante inferiores ao custo de produção.
No caso de Minas Gerais, por exemplo, o valor efetivo recebido está cerca de 17% abaixo do custo levantado pela Embrapa Suínos e Aves para fevereiro passado – R$2,28/kg. Isto, em aviário com climatização positiva, ou seja, em ambiente onde o custo de produção é menor que o observado em aviário convencional.
Eventualmente, no decorrer desta semana, o mercado pode apresentar algum dinamismo em função da chegada, ao varejo, da massa salarial do mês. Mas como dificilmente isso influenciará as cotações do frango de forma mais efetiva, os problemas atuais tendem a prosseguir por um bom tempo.
Por Avisite