O produtor também não precisa apresentar laudo técnico e o cálculo de capacidade de pagamento. Medida vale para parcelas vencidas ou que irão vencer até 31 de dezembro de 2018.
O Banco do Brasil (BB) atendeu a um pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e prorrogou as parcelas de custeio e investimento vencidas ou que irão vencer até 31 de dezembro deste ano para produtores rurais, cooperativas e agroindústrias que desenvolvem as atividades de avicultura e suinocultura.
A medida anunciada na quinta, 19 de abril, prevê a prorrogação das operações de custeio por um prazo de dois anos e as de investimento para um ano adicional ao final do contrato para cada parcela adiada. Esse último critério também vale para as parcelas de custeio já prorrogadas.
“O anúncio trará um fôlego para o setor nesse atual momento de crise. O produtor vai conseguir gerir melhor o seu dinheiro e cobrir outros custos, como aquisição de insumos e pagamento de trabalhadores”, explicou o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Victor Ayres.
De acordo com ele, esse tipo de medida em que o produtor solicita prorrogação já é previsto no Plano Safra, mas as análises caso a caso são lentas. Com a atuação da CNA, ABCS e entidades privadas, o Banco do Brasil simplificará o processo.
“Agora o produtor não precisa esperar o banco analisar a situação financeira dele para conceder a prorrogação. Basta ele ir à agência e fazer o pedido do benefício”, disse Victor.
A CNA produziu um Comunicado Técnico explicando os detalhes da medida. Segundo o texto, para formalizar a negociações, os produtores devem procurar o responsável pela sua conta nas agências do Banco do Brasil e protocolar o pedido de renegociação em duas vias, mantendo a via com carimbo ou assinatura de recebimento do gerente sob a sua guarda.
“O produtor também não precisa apresentar laudo técnico e o cálculo de capacidade de pagamento”.
Os setores da suinocultura e avicultura têm sofrido com o aumento dos custos de produção, a queda de preços no mercado interno, além de embargos como o da Rússia à carne suína e da União Europeia à carne de frango. Diante disso, a CNA vem discutindo com os ministérios da Fazenda e da Agricultura outras medidas de amparo a esses setores.
A entidade já pediu leilões no formato de Valor de Escoamento de Produto (VEP) de milho para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a reestruturação da venda de milho balcão para 40 toneladas mensais por cadastro e o retorno da linha de crédito de custeio para a retenção de matrizes suínas.
Fonte: CNA