Foram embarcadas 85,064 mil toneladas, contra 88,733 mil toneladas em abril do ano passado, diz a Abrafrigo
As exportações de carne bovina in natura e processada caíram 4% em volume e 5% em receita no mês de abril ante igual mês de 2017, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Foram embarcadas 85,064 mil toneladas, contra 88,733 mil toneladas em abril do ano passado. A receita totalizou US$ 344,7 milhões, ante US$ 361,4 milhões em 2017. Para a entidade, o mês de abril de 2017 “não é considerado uma boa referência porque o mercado estava sob os efeitos mais imediatos da Operação Carne Fraca da Polícia Federal, com muitos países interrompendo as importações à espera de informações das autoridades brasileiras”.
O levantamento, que considera dados finais de movimentação divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), aponta ainda que no acumulado dos primeiros quatro meses do ano houve crescimento de 20% em volume e 17% em receita nas exportações de carne bovina.
No período, a exportação total do produto totalizou 505.498 toneladas contra 419.986 toneladas. Já a receita chegou a US$ 1,93 bilhão contra US$ 1,66 bilhão no período anterior.
A Abrafrigo disse em nota que os problemas de imagem do produto brasileiro no mercado internacional provocados pelas operações da Polícia Federal continuam influenciando as exportações para grandes clientes, como os países integrantes da União Europeia, Rússia e Estados Unidos.
Nos países que tiveram desempenho positivo nos quatro primeiros meses de ano, Hong Kong continua liderando as importações do produto brasileiro com crescimento de 49,8% na movimentação: de 88.543 toneladas passou para 132.603 toneladas.
“Somando-se a movimentação da China Continental, que passou de 64.770 toneladas para 84.290 toneladas, com crescimento de 30%, o mercado chinês absorve quase 50% das exportações brasileiras de carne bovina. O Egito também ampliou suas importações em 153% (de 21.822 toneladas em 2017 passou para 55.383 toneladas em 2018), enquanto que o Chile elevou suas aquisições em 115,3% (de 16.004 toneladas para 34.463 toneladas)”, informou a entidade.
A maior queda ocorreu na exportação para a Rússia. O país tinha importado no primeiro quadrimestre de 2017 50 mil toneladas do Brasil e neste ano nada comprou. “Reduções importantes na quantidade também foram observadas nas compras do Irã (-40%), Estados Unidos (-32%), Arábia Saudita (-40%) e Itália (-18,4%).
Por Acrimat