Os dados divulgados ontem pelo IBGE apontam que no primeiro trimestre de 2018 foi registrada ligeira redução no número de cabeças de frango abatidas em estabelecimentos sob inspeção (federal, estadual ou municipal)
Mas essa redução acabou sendo neutralizada pelo peso maior dos frangos abatidos – fato já observado em 2017 – e, com isso, o trimestre foi encerrado com aumento de quase 3% no volume.
Nesses três meses, foram abatidas em estabelecimentos sob inspeção perto de 1,480 bilhão de cabeças de frango, volume que representou redução de 1,21% sobre idêntico período de 2017. Os abates efetuados geraram pouco mais de 3,5 milhões de toneladas de carne de frango, resultado 2,8% superior ao do primeiro trimestre do ano passado.
Contrapondo-se o volume ao número de cabeças abatidas, chega-se a um peso médio, nesse período, de 2,372 kg por cabeça, resultado que corresponde a um incremento de mais de 4% sobre os três primeiros meses de 2017.
A ressaltar, neste caso, que o aumento de volume do trimestre foi determinado, principalmente, pelo alto peso do frango no período (em janeiro, aliás, foi registrado o segundo maior peso do frango em 24 meses). E esse resultado, tudo indica, está relacionado à postergação do abate dos frangos em criação, denotando a menor procura pelo produto nesse período do ano.
Naturalmente, o retardo nos abates teve efeito negativo sobre a produção. Pois, com o aumento do peso médio aumentou-se também o volume de carne. Como resultado, a produção do primeiro trimestre desde ano acabou sendo 5% superior à do quarto trimestre de 2017, época em que o consumo foi marcadamente maior.