O mercado do milho na Bolsa de Chicago trabalha bem próximo da estabilidade na sessão desta quinta-feira (21) e registra leves ganhos. Perto de 8h15 (horário de Brasília), os futuros do cereal subiam entre 0,50 e 1 ponto nas posições mais negociadas, com o julho/18 valendo US$ 3,55 e o dezembro/18, US$ 3,76 por bushel
Segundo explicam analistas e consultores, o mercado atua ainda de forma técnica, buscando definir uma melhor direção e de olho no cenário climático do Corn Belt, que até este momento tem sido bastante favorável para o desenvolvimento das lavouras. São quase 80% delas, de acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em boas ou excelentes condições.
No pregão anterior, como disse Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, se aproximaram de novas mínimas, porém, “quando chegou lá, começou uma nova onda de compra de posições de proteção com
grande parte dos investidores não acreditando que os preços fiquem muito tempo nestes níveis e, desta forma, o mercado voltou a recuperar o fôlego”.
As previsões climáticas para o Meio-Oeste americano, porém, seguem indicando dias de boas temperaturas e níveis e distribuição de chuvas, o que mantém uma pressão sobre as cotações.
“Os comentários do clima nos EUA voltaram a indicar boas
condições das lavouras e chuvas regulares para os próximos 7 a 10 dias e em quase todos os grandes estados produtores, sem mostrar riscos para o curto prazo. As temperaturas esperadas para dentro da normalidade do período e favoráveis às plantações, sem apontar
altas temperaturas nos próximos dias”, explica Brandalizze.
Paralelamente, mesmo que de forma menos intensa do que na soja, a guerra comercial entre China e Estados Unidos também traz algum peso sobre as cotações na CBOT, já que aversão ao risco é grande e os investidores têm se distanciado das commodities agrícolas.
Além disso, espera também pelos novos números de vendas semanais que serão reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As projeções do mercado para o grão são de 700 mil a 1 milhão de toneladas da safra velha e de 150 mil a 400 mil da nova.