Entre os dados preliminares do Censo Agropecuário divulgado pelo IBGE na semana passada, estão inclusos o plantel brasileiro (bovinos, bubalinos, equinos, asininos, muares, caprinos, ovinos, suínos e aves) e o número de estabelecimentos voltados para cada um desses segmentos de produção
Os resultados referentes à avicultura podem ser considerados relativos. Primeiro, porque se referem, amplamente, a “galinhas, galos, frangas e frangos”. Segundo, porque os levantamentos referentes ao plantel de frangos captam apenas um ciclo de criação da ave, não refletindo idealmente o volume existente no decorrer do ano (o que não ocorre, por exemplo, com matrizes e poedeiras ou, ainda, com bovinos, cujos ciclos de criação vão além de um ano). De toda forma, ilustram o panorama avícola brasileiro.
Assim, o Censo detectou a existência de pouco mais de 2,8 milhões de estabelecimentos dedicados à avicultura no País, quase a metade deles – e, praticamente, o triplo do Sudeste! –na Região Nordeste (46,43% do total). Na sequência, com 18% e 16% do total vêm, respectivamente, as Regiões Sul e Sudeste. O Norte responde por quase 12% e o Centro-Oeste por menos de 8%.
Não há, porém, qualquer relação entre o número de estabelecimentos de cada Região e o plantel nelas recenseado. Pois, neste caso, a liderança – ninguém ignora – cabe à Região Sul, com 46,5% do plantel total. Surgem a seguir, pela ordem, o Sudeste (26,36%), o Centro-Oeste (14,21%), o Nordeste (9,45%) e o Norte (3,48%).
A partir desses dois dados, o AviSite calculou o número médio de cabeças existentes em cada estabelecimento recenseado – mesmo o resultado não refletindo a real posição da avicultura comercial no País. E, conforme a última coluna da tabela abaixo, o que se constata é que a maior concentração de aves (por estabelecimento) está na Região Sul, vindo na sequência a Região Centro-Oeste.
Assim, o Sudeste fica na terceira posição, enquanto o Nordeste, superado pela Região Norte, cai para o quinto posto.