Superadas – senão a totalidade – a maior parte dos efeitos da greve dos caminhoneiros, as cotações de frango e suíno vivos retornam ao normal, apresentando baixa em relação ao “boom” de preços atingidos em junho passado. E como foram pouco influenciadas pela greve, as cotações do boi em pé seguiram em alta
À primeira vista, o retrocesso enfrentado pelo frango vivo (-2,17%) foi pequeno comparativamente ao do suíno. Notar, entretanto, que a cotação da ave viva no mês tornou-se, novamente, um referencial , já que a maior parte dos negócios realizados sofreu até 20 centavos de descontos. E isso considerado, a redução no mês ficou próxima dos 9%.
Comparativamente aos sete primeiros meses de 2017, o frango vivo – pela primeira vez no acumulado do ano – registra variação positiva de preços, com ganho anual próximo de 0,4%. Mas isso, naturalmente, é apenas aparente, pois determinado sobretudo pelo artificialismo dos preços em junho passado.
Em outras palavras, na prática o frango perde tanto quanto o suíno. Apenas o índice de perda é menor. Mas isto porque o setor, bem antes do movimento caminhoneiro, começou a reduzir a produção.
Nota-se, ainda, que comparativamente aos preços de três anos atrás (2015), o frango vivo acumula neste ano ganho superior a 8%, enquanto boi e suíno vivos seguem com preços negativos. Obviamente, também aqui o ganho do frango está inflado pelos resultados de junho passado. Mas, ainda que não estivesse, a valorização obtida é inferior às registradas pelo milho e pelo farelo de soja, além de permanecer bem aquém da inflação acumulada nos três últimos anos.