Até o final da semana passada temia-se que o mercado de frangos (vivo e abatido) somente apresentasse os primeiros sinais de reversão já com um novo mês correndo, como se observou na maior parte deste ano
Mas, desta vez, esses sinais chegam antes da virada de um novo período. Pois, por exemplo, ontem (30), diminuíram no interior de São Paulo as negociações do frango vivo por valores muito aquém do referencial vigente desde 25 de junho passado (R$3,00/kg). Indício de que caíram as ofertas do produto proveniente das integrações.
Mas por que essas ofertas recuaram? Porque, simplesmente, antes mesmo da chegada de novo mês, o mercado do frango abatido dá claros sinais de reativação. Ou seja: os frigoríficos voltam a direcionar mais produto para esse mercado.
Por sinal, os primeiros indícios de reativação começaram a ser observados na semana passada. Pois, ao contrário do que ocorreu em boa parte dos meses anteriores (quando as quedas de preço se estenderam até o final do período, eventualmente, até os primeiros dias do mês seguinte),os preços do produto resfriado no grande atacado da cidade de São Paulo estabilizaram-se em meados da semana e, ontem, já apresentaram pequena alta. Que deve se intensificar hoje e a partir de amanhã, quando agosto chega.
Fato raro até recentemente, o preço ontem alcançado supera o registrado há uma semana, há um mês e há um ano. Só continua aquém do registrado há dois anos, quando a crise no abastecimento de milho, principalmente, levou os custos de produção a recordes nunca antes registrados.
Mas ainda que os preços atuais do milho sejam menores que os de julho de 2016, a relação entre o frango abatido e o grão continua muito similar. Pois enquanto o preço do frango é cerca de 14% menor, o do milho sofreu recuo de 18%. Dessa forma, hoje, uma saca de milho (R$40,50) pede 12,2 kg de frango abatido, apenas 640 gramas a menos que no final de julho de 2016, quando o milho, embora com preços já em queda, era negociado por valor próximo dos R$50,00/saca.