Após registrar ganhos moderados em meio a uma rodada de baixas na última sexta-feira (03), os negócios com a soja na Bolsa de Chicago iniciam a semana com nova pressão baixista. Por volta de 7h41 (horário de Brasília), as cotações perdiam 6 pontos nos principais vencimentos, com o setembro /18 trabalhando em US$8,85 por bushel , o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,96 por bushel. enquanto os futuros de janeiro recuava 6 centavos, para US $ 9,07
As vendas sazonais dos produtores rurais americanos mantiveram as ofertas da base de soja em baixa de 5 a 11 centavos em várias localidades do Centro-Oeste na última sexta-feira.
No mercado brasileiro, os preços não registraram grandes mudanças diante da volatilidade de Chicago e da despencada de mais de 1% do dólar frente ao real também na útima sexta-feira. A moeda norte-americana perdeu mais de 1% para fechar com R$ 3,70 e acumular, na semana, uma baixa de 0,29%.
Os fundos ficaram atentos aos fundamentos climáticos, que pesam neste momento, e mudaram suas posições, colocando algumas compras no mercado diante das previsões mostrando que as duas primeiras semanas de agosto deverão ser de menos chuvas no Corn Belt, como explicou o diretor da AgResource Mercosul (ARC), Matheus Pereira.
No entanto, a mais recente pesquisa da Farm Futures estimou que o potencial de produção de soja dos EUA deve estar próximo do recorde de 2016 de 52,1 bpa, embora Bryce Knorr, analista sênior do mercado de grãos, admita que os rendimentos da soja são notoriamente difíceis de prever em agosto.
Uma grande safra doméstica de soja não favorecerá os preços futuros: “Sem uma solução para a disputa comercial com a China, o aumento da produção poderia aumentar a oferta de soja em 1 de setembro de 2019 acima de 600 milhões de bushels (16 milhões de toneladas) , mantendo o preço médio dos EUA abaixo de US $ 8,50 “, diz Knorr.
Em uma avaliação à parte, a Informa Economics elevou ligeiramente suas projeções para a safra de soja dos EUA de 2018 de 49,8 bpa para 50,0 bpa, com uma produção total estimada de 4,445 bilhões de bushels (acima de 121 milhões).
A conclusão é de que o clima precisa piorar muito para reduzir a safra americana a níveis que possam preocupar o mercado. Mas como o atual momento é crítico para as lavouras, não custa ficar atento.
Durante a semana passada, os especuladores de soja reduziram sua posição líquida vendida em 1.810 contratos para 91.900.