Dados do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura apontam que, nos seis primeiros meses de 2018, em apenas uma ocasião – mês de abril – o abate de aves (preponderantemente frangos) em estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF) apresentou evolução positiva em relação ao mesmo período de 2017
Em outras palavras, nos outros cinco meses do semestre houve queda nos abates. Mas a redução mais sensível ocorreu em maio, mês em que os abatedouros sofreram paralisação devido à greve dos caminhoneiros. Então, o volume de aves processadas foi um quarto menor que o de idêntico mês do ano anterior, correspondendo a quase 120 milhões de cabeças a menos que em maio de 2017.
É verdade, neste caso, que desde o final de 2017 o volume de cabeças abatidas vinha dando sinais de redução – indicação de que o setor procurava se adequar a uma nova demanda. Porém, mesmo considerados os abates dos seis meses anteriores a maio (novembro de 2017 a abril de 2018), período em que foram abatidas, em média, perto de 435 milhões de cabeças mensais, constata-se que a queda registrada em maio representou quase 100 milhões de cabeças a menos.
Em função sobretudo dessa queda, os abates de aves do primeiro semestre de 2018 situaram-se em pouco mais de 2,5 bilhões de cabeças, recuando quase 6% em relação ao primeiro semestre do ano anterior.