Os preços do frango abatido já entraram em queda. E, a exemplo de meses anteriores, o retrocesso começou antes mesmo de finda a primeira quinzena do mês: o valor máximo foi atingido entre 9 e 13 de agosto (período pré e pós Dia dos Pais), após o que passou a apresentar decréscimo
Até aí seria uma ocorrência assimilável não fosse o fato de o pico de preços deste mês ter ficado aquém do registrado em julho passado (junho não conta, pois os preços do mês foram artificializados pela greve dos caminhoneiros). Ou seja: o valor médio registrado nos primeiros 15 dias de agosto ficou 1,26% abaixo do alcançado em idêntico período de julho.
É verdade que há algum tempo – desde a penúltima semana de maio, quando foi deflagrado o “caminhonaço” – os preços do frango abatido apresentam variação positiva em relação ao mesmo dia do ano anterior, fato que não havia ocorrido nos (quase) 150 primeiros dias de 2018.
Porém, mesmo aceitando como reais os altos preços alcançados entre o final de maio e primeiros dias de junho, o valor médio atingido nos sete e meio meses do ano (1° de janeiro a 15 de agosto) permanece quase 5% aquém do registrado em idêntico período do ano passado. E, nesse espaço de tempo, só as duas principais matérias-primas do frango (milho e farelo de soja) estão pelo menos 30% mais caras. Ou seja: a situação continua preocupante.