Ao contrário do ocorrido há um ano – quando a cotação do produto permaneceu inalterada durante todo o mês, somente sofrendo ajuste no final do período – em setembro de 2018 o frango vivo comercializado tanto no interior paulista como em Minas Gerais interrompeu o período de estabilidade logo no início do mês
Em São Paulo, a alteração (de dez centavos, valor raro nos ajustes paulistas que, tradicionalmente, opera com variações de cinco centavos – para cima ou para baixo) ocorreu na quarta-feira, 5, elevando a cotação do frango vivo para R$3,10/kg. Em Minas, o reajuste (de cinco centavos) foi registrado no dia seguinte, 6, e, com ele, a cotação das duas praças igualou-se em R$3,10/kg.
Justificados por antecipações no abate devidas ao feriado de 7 de setembro, as altas da semana passada têm, também, outras razões – provavelmente mais amplas: neste instante, a oferta de animais em geral (ou seja, não só do frango vivo, mas também do suíno e do boi em pé) se encontra melhor ajustada ao mercado, dando azo aos necessários ajustes de preço.
Para o frango, aliás, os ajustes são imprescindíveis. Porque – como mostra a tabela inserida no gráfico abaixo – ele se encontra com o segundo menor valor real dos últimos quatro anos, somente superando os resultados de setembro do ano passado. A questão, aqui, é que os custos de 2017 foram bem inferiores aos registrados atualmente.
Porém, ao que tudo indica, esse problema deve ser minimizado no decorrer de setembro. Porque as ofertas de aves vivas se encontram mais restritas. Mas também porque, sobretudo, o mercado de frangos abatidos vem obtendo remuneração que possibilita o repasse de ganhos à ave viva. Sob esse aspecto, outros ajustes podem ocorrer no curtíssimo prazo.