Graças a embarques um terço maiores que os de um ano atrás, a carne bovina possibilitou que as exportações de carnes in natura de setembro de 2018 obtivessem no mês receita quase 3% superior à de setembro de 2017
Como, porém, em relação ao mês anterior o incremento foi mais moderado (+4,32%), a carne bovina não conseguiu neutralizar as quedas das carnes suína e de frango e o volume global embarcado no mês recuou quase 6%.
No quesito preço, a carne suína obteve valorização relevante em comparação ao mês anterior: +27,10%. Mas foi só, porque persistiu queda em comparação a setembro de 2017 (-4,17%), resultado que foi acompanhado pelas carnes bovina e de frango – não só em termos anuais, mas também mensais.
Os efeitos sobre a receita cambial foram diversos. Em comparação a agosto último, a receita cambial da carne suína aumentou perto de 13% e a da carne bovina permaneceu relativamente estável (incremento inferior a 1%). Mas como a receita da carne de frango recuou quase 10%, o resultado foi uma queda próxima de 3% na receita cambial das três carnes.
Já em relação a setembro de 2017 só a carne bovina proporcionou contribuição positiva à receita cambial: aumento de mais de 26%, o suficiente para neutralizar os recuos de 12% da carne suína e de 9% da carne de frango. Ou seja: em termos anuais a receita cambial das carnes foi perto de 5% maior – um incremento potencializado pela valorização do dólar nestes últimos meses.