Na tabela abaixo, os vinte principais municípios brasileiros produtores de ovos em 2017, conforme apontado pela Pesquisa de Produção Municipal, levantamento anual efetuado pelo IBGE
No ranking, pela primeira vez na história desse levantamento, a liderança está sendo ocupada pelo município capixaba de Santa Maria de Jetibá, com 8% da produção brasileira. Ou seja: depois de décadas como líder do setor, o município paulista de Bastos cai para a segunda posição, com (perto de) 7% da produção nacional.
Mais como curiosidade, o AviSite contrapôs os dados do ano passado àqueles levantados pelo IBGE uma década atrás, em 2007. Como se observa pela tabela, enquanto a produção bastense desse período aumentou pouco mais de 50%, a de Santa Maria de Jetibá mais do que triplicou, registrando aumento de 207%.
Note-se, de toda forma, que a expansão menor de Bastos está relacionada sobretudo à área do município (pouco mais de 170 km2, contra 735 km2 de Santa Maria). Ou seja: a Capital do Ovo enfrenta uma saturação de poedeiras, daí a produção do setor ter se incrementado em municípios vizinhos, como Tupã e Rinópolis, entre outros. E que mantêm a região como líder da produção nacional.
Notar que, em relação a 2007, o ranking mais recente apresenta novos integrantes, como Primavera do Leste, no Mato Grosso, e Leopoldo de Bulhões, em Goiás. São, como a maioria dos demais estreantes do grupo, novos polos de produção de ovos.
Note-se, a esse propósito, que no município mineiro de Itanhandu, quarto maior produtor do Brasil, o volume produzido em 2017 foi quase 15% menor que o registrado uma década antes. É um exemplo típico de deslocamento para nova região produtora – no caso, da Granja Mantiqueira, que tornou o município mato-grossense de Primavera do Leste terceiro principal produtor do País.